Antram repudia actos hostis de estivadores contra motoristas

Associação dos transportadores rodoviários de mercadorias diz que não terá dúvidas em apoiar os seus associados nos pedidos de responsabilidade contra os estivadores que lhes têm endereçado atitudes "hostis"

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A retirada de contentores está a ser feita em camiões sob escolta policial Enric Vives-Rubio

A associação dos transportadores rodoviários de mercadorias, ANTRAM, acaba de divulgar um comunicado a repudiar as imagens hostis que tem visto na televisão e que revelam “ameaças a motoristas de veículos de pesados junto às portarias dos operadores portuários por parte do piquete de greve dos estivadores”.

Depois de sublinhar que as empresas de transporte e os seus colaboradores nada têm a ver com as questões laborais que estão a ser discutidas no porto de Lisboa, recorda que “os transportadores apenas procedem ao transporte dos contentores por solicitação dos seus clientes”, lembrando que estes “são carregados nos terminais pelos operadores portuários, não lhes cabendo qualquer verificação sobre o seu conteúdo ou da conformidade do transporte com o cumprimento do acordado entre as empresas operadoras portuárias e o sindicato dos estivadores de serviços mínimos”.  

Desde terça-feira que os operadores começaram a retirar alguns contentores que estavam retidos no porto de Lisboa há várias semanas, por causa da greve dos estivadores, que arrancou a 20 de Abril, sob escolta policial.

“A ANTRAM não pode deixar de repudiar qualquer acto hostil, por parte dos piquetes de greve para com os seus associados ou para com os motoristas ao serviço destes, quando se desloquem aos terminais do porto de Lisboa para carregar ou descarregar contentores, já que a actividade de transporte rodoviário de mercadorias em nada interfere com os direitos, fundamentos ou objectivos da greve dos estivadores”, refere a associação. E acrescenta que “não terá quaisquer dúvidas” em apoiar os seus associados “na responsabilização institucional ou pessoal por qualquer acto que ponha em causa a integridade dos colaboradores ou dos equipamentos das empresas”.

O comunicado da ANTRAM termina com um apelo a que, “no mais breve espaço de tempo” e a “a bem do interesse nacional e do sector empresarial” que representa, “sejam obtidos os consensos necessários ao termo do actual conflito laboral e ao regresso do normal funcionamento da actividade portuária”. 

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