Amorim Energia faz penhor financeiro de 2,8% da Galp com Santander Totta

Direitos de voto mantêm-se na holding de Américo Amorim, Sonangol e Isabel dos Santos.

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A petrolífera poderá passar a ser a operadora do poço de Alcobaça Paulo Ricca

A Amorim Energia celebrou um contrato de penhor financeiro a favor do Santander Totta sobre mais de 23 milhões de acções da Galp Energia, correspondentes a 2,8% do capital da petrolífera, informou esta segunda-feira a empresa.

De acordo com o comunicado enviado ao regulador do mercado de capitais, a CMVM, o penhor financeiro prevê a possibilidade de, “mediante acordo prévio da Amorim Energia” (que, além de Américo Amorim, conta com a Sonangol e Isabel dos Santos), serem conferidos ao Santander Totta os “direitos de disposição sobre as acções empenhadas". Para já, “quaisquer direitos sociais inerentes às acções empenhadas, nomeadamente o direito de voto”, que permanecem na Amorim Energia.

O contrato de penhor financeiro foi celebrado entre o Santander Totta após ter chegado ao fim, no dia 19 de Fevereiro, o prazo de um contrato de equity swap entre as duas partes, que tinha sido assinado em Julho de 2012. No entanto, o penhor financeiro envolve mais acções do que as que estavam parqueadas no Santander Totta.

De acordo com o comunicado, tinham agora voltado às mãos da Amorim Energia 1,8% do capital, a que se somam outros 0,68% que passaram para a holding em Junho de 2015.  

O primeiro acordo como o Santander surgiu em Julho de 2012, altura em que o consórcio liderado por Américo Amorim reforçou a sua posição na petrolífera para 38,3%, adquirindo mais 5% do que tinha (pagando cerca de 590 milhões), naquela que foi a primeira parte do acordo feito com a ENI (empresa que hoje não tem expressão na Galp). O Santander Totta, que apoiou a operação, ficou então com quase metade dos títulos adquiridos nessa fase.

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