Álvaro Santos Pereira abre as portas a despedimentos nos portos portugueses

Greve dos estivadores está a afectar a actividade portuária, com o peso relativo do Porto de Lisboa na economia nacional a baixar de 18% para cerca de 12%.

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Os estivadores estão em greve desde Agosto Rui Gaudêncio

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, admitiu que “algo terá de ser feito” no sector portuário português, cuja actividade tem sofrido um impacto negativo resultante da greve dos estivadores.

As declarações de Santos Pereira, que abrem porta à possibilidade de os operadores fazerem despedimentos, foram realizadas à margem de uma conferência em Lisboa que tem como principal orador o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, que vai falar sobre a Crise Europeia e as Reformas Necessárias

De acordo com a Lusa, o ministro da Economia disse que “a decisão [de despedir estivadores] é dos operadores”, mas “é muito claro que esta greve está a afectar alguns portos de forma muito acentuada”. Por isso, “obviamente, se há menos movimentação de carga e se os portos são muito afectados na sua actividade, é muito natural que alguma coisa tenha de ser feita”. Santos Pereira, que confirmou também o alargamento dos serviços mínimos portuários em uma hora, respondia aos jornalistas sobre o aviso realizado, na terça-feira, pelo Instituto dos Portos, a admitir “a possibilidade de haver despedimentos no sector portuário em consequência da quebra da actividade provocada pela greve dos estivadores”. O ministro conclui que “o peso relativo do Porto de Lisboa na economia nacional baixou de 18% para cerca de 12% e continua a decair.” 

Os estivadores avançaram com um pré-aviso de greve até à véspera de Natal. Para o ministro, é essencial “desbloquear a situação, pois os prejuízos para a economia nacional são bastante avultados”. “Os serviços mínimos portuários foram prolongados para o período de pré-aviso de greve que foi feito”, disse. 

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