Se considera que o seu salário anual é baixo e gostava de ser aumentado, depois de ler esta notícia vai sentir-se ainda mais pobre. O administrador executivo do banco de investimento Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, viu o seu salario de 2012 aumentado em 75%, recebendo um total de 21 milhões de dólares (cerca de 16 milhões de euros).

Segundo o site CNN Money, que cita fontes familiarizadas com o plano de pagamentos no Goldman Sachs, Blankfein juntou ao seu salário base de dois milhões de dólares (aproximadamente 1,5 milhões de euros) um bónus de 19 milhões de dólares (cerca de 14 milhões de euros). Deste valor, 13,3 milhões (10 milhões de euros, aproximadamente) correspondem a 94.320 acções restritas e o restante (5,6 milhões de dólares – 4 milhões de euros) entrou directamente na conta do administrador executivo do banco.

Os aumentos salariais estenderam-se aos outros quatro executivos do banco, que recebem um salario base de 1,85 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros). O presidente do Goldman Sachs, Gary Cohn, recebeu o valor mais alto, contando com um bónus de 17 milhões de dólares (quase 13 milhões de euros) em 2012.

Faz parte do regulamento do banco revelar qual o valor ganho pelos seus executivos em acções, mas esta é a primeira vez que se sabe quais os montantes recebidos em dinheiro. Contactados pelo CNN Money, o porta-voz do Goldman Sachs não se disponibilizou a prestar quaisquer decalarações sobre o assunto.

Com este aumento salarial de 19 milhões de dólares, Blankfein, de 58 anos, deverá conquistar o lugar de executivo mais bem pago na bolsa de Wall Street, que, em 2011, pertencia ao administrador executivo do J.P. MorganChase & Co., Jamie Dimon.

Um corte de 53% nos bónus recebidos afastou Dimon da corrida e, em vez de 23,1 milhões de dólares (aproximadamente 17,3 milhões de euros) auferidos em 2011, o administrador executivo do maior banco dos Estados Unidos teve de se contentar apenas 10 milhões de dólares (7,5 milhões de euros) a mais.

O Goldman Sachs é o quinto maior banco dos Estados Unidos. Em 2012 as suas acções aumentaram 49%, depois de uma queda de 46% no ano anterior.