Actividade económica na zona euro contrai-se ainda antes da crise de Chipre

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O crescimento da Alemanha e de França superou a previsão dos analistas Gerard Cerles/AFP

A actividade económica na zona euro voltou a contrair-se em Março, reforçando a tendência já verificada em Fevereiro, revelam as estimativas rápidas do instituto Markit, divulgadas esta quinta-feira. A contracção ainda não incorpora a crise em Chipre, pelo que os dados de Abril podem acentuar ainda mais a contracção económica.

A estimativa do indicador PMI (Purchasing Managers Index), que mede a actividade da indústria e serviços na zona euro, situou-se, em Fevereiro, em 47,3 pontos, quando, em Janeiro, se tinha fixado em 48,6 pontos. Em Março, o índice cai para 46,5 pontos, o que revela o agravamento da contracção económica.

As quedas do PMI total foram influenciadas em muito pela queda do PMI em França, para um mínimo de quatro anos, e na Alemanha, que caiu para 51 pontos, ainda acima dos 50 pontos (um índice inferior a 50 pontos significa contracção, enquanto se for superior a esta marca indica aceleração da actividade). Com os dados actuais, o Markit admite que a actividade económica no primeiro trimestre se vá contrair 0,3% .

A crise em Chipre, que ocorreu depois da recolha dos dados, deverá ter um impacto negativo na economia europeia. Essa é a expectativa  do economista-chefe do Markit, ao defender que “acontecimentos que atingem a confiança das empresas podem ter um efeito muito rápido nos dados recolhidos”, pelo que admite que “as próximas respostas serão, em média, mais negativas”.
 

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