Acções do BCP voltam a negociar na Bolsa de Lisboa

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários volta a autorização negociação depois de, terça-feira, ter suspendido os títulos a meio da tarde.

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Nuno Amado quer acelerar os reembolsos ao Estado PEDRO CUNHA/Arquivo

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) voltou a autorizar a negociação das acções do Banco Comercial Português (BCP), “por terem cessado os motivos que justificaram a suspensão”.

O regulador do mercado de capitais tinha suspendido a negociação dos títulos terça-feira a meio da tarde, depois de o BCP ter anunciado um aumento de capital de 2250 milhões de euros, através de uma oferta pública de subscrição. As acções chegaram a cair quase 5% até à decisão de suspensão. Às 15h30 de ontem, hora em que a CMVM avançou para a paragem, os títulos valiam 0,1585 euros.

O banco liderado por Nuno Amado avança, assim, para uma operação que prevê a emissão de mais de 34,4 mil milhões de novas acções ordinárias e que permite pagar ao Estado 1850 milhões de euros, reduzindo a ajuda financeira a que se sujeitou de 2600 milhões de euros para 350 milhões de euros. Na terça-feira, em comunicado enviado à CMVM, o banqueiro sublinhou que o aumento de capital se insere “no ambicioso plano estratégico” para 2017, que foi aprovado pela Comissão Europeia em 2013. O encaixe gerado com a oferta permitirá ao banco “acelerar significativamente o calendário do reembolso dos Instrumentos de Capital Híbrido subscritos pelo Estado”. Deverá ainda permitir “poupanças significativas com juros pagos e tem ainda um impacto positivo na capacidade interna de geração de capitais e na melhoria da estrutura e rácios de capital do banco”, acrescentou.

O BCP tem como principal accionista os angolanos da Sonangol, com mais de 19% do capital. Esta operação de aumento de capital vai ser coordenada pelo Deutsche Bank e o J.P. Morgan.

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