Acções da Zon e da Sonaecom em queda após aval definitivo à fusão

PSI-20 em queda arrasta a cotação das duas empresas que, na segunda-feira, receberam a luz verde que faltava para concretizarem a fusão Zon-Optimus.

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Na primeira sessão em bolsa depois de a Autoridade da Concorrência ter aprovado, em definitivo, sob algumas condições, a fusão entre a Zon e a Optimus, as acções daquela primeira operadora e da Sonaecom (dona da Optimus) seguem em queda.

Com o índice PSI-20 em terreno negativo ao início da manhã desta terça-feira, os títulos da Sonaecom começaram a sessão a valorizar, mas por volta das 8h45 já seguiam a valer 1,8euros, menos 0,99%face ao valor de fecho de segunda-feira, enquanto a cotação da Zon, nos 4,19 euros, caía 0,946%.

Sem surpresa para o mercado, as duas operadoras de telecomunicações receberam ontem a decisão final da Autoridade da Concorrência para concretizar a fusão e criar um gigante das telecomunicações com receitas agregadas de 1600 milhões de euros e sinergias de cerca de 400 milhões. Mas, como esperado, a fusão avança com determinadas condições impostas pelo regulador.

Mais de oito meses depois de a empresária angolana Isabel dos Santos (maior accionista da Zon) e a Sonaecom proporem a junção das duas operadoras, a fusão fica agora completamente nas mãos dos dois grupos empresariais, ultrapassados que estão todos os passos necessários nos reguladores.

A decisão da Autoridade da Concorrência foi conhecida oficialmente só depois do fecho da bolsa na segunda-feira, mas a decisão era amplamente esperada no mercado, uma vez que o regulador já dera luz verde ao negócio, numa decisão preliminar em Julho. As condições que o regulador impõe para que a fusão avance mantêm-se, entre elas a obrigatoriedade de a Optimus colocar à venda a rede de fibra óptica, tendo a Vodafone direito de preferência na compra.

Embora, no arranque de bolsa desta terça-feira, as acções da Zon e da Sonaecom sigam em baixa, os títulos dispararam desde o anúncio da fusão, a 14 de Dezembro. A Zon foi a que mais valorizou em bolsa. Até ontem, os títulos tinham subido 50,3%, enquanto a cotação da Sonaecom (também dona do PÚBLICO) cresceu 18,4%.

A decisão final da Autoridade da Concorrência é o último passo para que as operadoras possam consumar a fusão, sobre o qual se especulava desde 2007. Com este negócio, será criado uma sociedade veículo que será dona de mais de 50% do capital da nova operadora, que junta a força que a Zon tem no segmento da televisão paga ao terreno que a Optimus foi conquistando no negócio móvel. Juntas, das duas operadoras vão controlar 28% do mercado, competindo de forma mais musculada com a concorrente Portugal Telecom.
 
 
 
 

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