Desemprego estabiliza nos 11,1% em Julho

O INE reviu em baixa a taxa de desemprego do mês anterior.

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Desemprego continua a dar sinais de melhoria Jorge Silva

Depois de três meses em queda, a taxa de desemprego provisória para o mês de Julho estabilizou nos 11,1%. Nas estimativas sobre o andamento do mercado de trabalho, divulgadas nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revê em baixa a taxa de desemprego de Junho (para 11,1%) e altera a forma como apresenta os dados mensais, dando mais relevo à taxa de desemprego definitiva do que aos dados provisórios de Julho.

O INE começa por destacar que a estimativa definitiva da taxa de desemprego de Junho situou-se em 11,1%, “prosseguindo a trajectória descendente que se verifica desde Fevereiro de 2016”. Este valor, explica, resulta de uma revisão em baixa face à taxa provisória apurada anteriormente (passando de 11,2% para 11,1%).

Esta taxa traduz-se em 565.500 pessoas desempregadas, menos 7300 do que no mês anterior. A população empregada aumentou para 4,548 milhões de pessoas, o que representa mais 20.800 do que em Maio.

Só depois de dar conta dos dados definitivos de Junho, o INE avança para as estimativas provisórias do mês de Julho, que apontam para uma estabilização do desemprego nos 11,1%, afectando 567.300 pessoas. Ainda em Julho de 2016, assistiu-se a um acréscimo mensal na população desempregada de mulheres (1,5%; 4,1 mil) e de adultos (0,4%; 2,0 mil). A população desempregada de jovens manteve-se praticamente inalterada face ao mês anterior e a população desempregada de homens diminuiu (0,8%; 2,2 mil).

Já a população empregada é constituída por 4,558 milhões de pessoas.

Tal como aconteceu com os dados de Junho, a taxa calculada para Julho é provisória e está sujeita a uma revisão. Isto acontece porque as estimativas mensais da taxa de desemprego do INE dizem respeito ao trimestre centrado nesse mês – ou seja, os dados de Julho dizem respeito a Junho, Julho e Agosto (sendo que para o mês mais recente, os valores são calculados por projecção).

O INE divulga todos os meses as estimativas para a taxa de desemprego e quatro vezes por ano apura o desemprego trimestral. Estas estatísticas têm várias diferenças. Os valores mensais são ajustados de sazonalidade e consideram a população dos 15 aos 75 anos, enquanto as estatísticas trimestrais consideram a população com 15 ou mais anos e não têm em conta os efeitos da sazonalidade no emprego e no desemprego.

No segundo trimestre de 2016, a taxa de desemprego foi de 10,8%, o nível mais baixo desde 2011.

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