Três saídas diferentes para a crise

O estudo publicado pela rede de economistas Research on Money and Finance - intitulado "Eurozone Crisis: Beggar Thyself and Thy Neighbour" - apresenta três cenários possíveis de saída da crise dos países periféricos da zona euro com dificuldades orçamentais.

Austeridade

e liberalização

A receita-tipo do FMI é a preferida actualmente pelas autoridades europeias, mas os autores do estudo dizem que é "a pior opção". Passa pela imposição de medidas de contenção fortes, por exemplo ao nível dos salários, esperando-se que depois, com a liberalização da economia, a produtividade aumente de forma quase espontânea.

Reforma

da zona euro

A alteração profunda das regras e do funcionamento das instituições da zona euro é outro dos cenários traçados pelos autores do estudo. Passaria pela atribuição de maior liberdade orçamental a cada Estado, ao mesmo tempo que se reforçaria o orçamento europeu, garantindo um apoio global ao emprego, aos salários e ao investimento. Poderia conduzir a uma queda do valor do euro, mantendo-se por isso a ameaça à união monetária.

Saída radical do euro

É o cenário mais radical traçado por este grupo de economistas: o abandono do euro por parte dos países em dificuldades. Envolveria uma forte desvalorização da divisa, o que por sua vez tornaria inevitável o default da dívida. Seguir-se-ia a nacionalização da banca e de outros sectores da economia, com o Estado a implementar uma política económica que apostasse no aumento da produtividade.

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