Bilhetes de avião e pacotes de viagens quase esgotados

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TAP criou voo extra para o país

A procura de viagens para assistir ao Mundial de futebol está a superar as expectativas. Os bilhetes de avião e os pacotes de viagens estão praticamente esgotados, apesar da crise. Muito por causa das promoções lançadas para vender o destino África do Sul. Grande parte dos clientes são empresas, que transformam os jogos em operações de charme - uma viagem para assistir ao Portugal-Costa do Marfim e permanecer oito dias no país africano custa mais de três mil euros.

A companhia de aviação nacional tem, no seu site, um aviso para os passageiros mais distraídos. "Vá mais longe por Portugal", diz o anúncio e, logo abaixo, a referência aos voos para Joanesburgo. Em circunstâncias normais, seriam três frequências por semana, mas, com o Mundial à porta, a TAP optou por adicionar um voo extra, entre 11 de Junho e 9 de Julho, e pondera aumentar as ligações, caso Portugal "tenha uma boa prestação".

Para a fase de grupos, "já há poucos lugares disponíveis. A ocupação está muito acima do normal", explicou fonte da TAP. O preço médio de um bilhete para a África do Sul ronda os 1032 euros por pessoa.

As agências de viagens Cosmos e Abreu, as únicas autorizadas pela FIFA para a comercialização de programas de acompanhamento do campeonato, também sentem o mesmo que a companhia de aviação. "A operação em marcha superou as nossas expectativas", referiu Alfredo Castanheira, gestor de projecto da Cosmos, que desenhou um microsite especificamente para promover os pacotes de viagens associados ao Mundial.

Já a agência Abreu, que já só está a aceitar reservas para o Portugal-Brasil, acrescentou que o evento desportivo "veio promover o aumento da procura face aos índices habituais". Os clientes são "maioritariamente empresariais, que procuram oferecer a viagem a parceiros e clientes, por exemplo", que só para assistir ao Portugal-Costa do Marfim e permanecer oito dias no país pagaram 3315 euros, a preço de tabela, acrescentou fonte oficial. R.A.C.

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