William Carvalho é o mais recente membro de uma linhagem ilustre

Médio do Sporting eleito o melhor jogador do Europeu sub-21. Portugal com cinco nomes no “onze” ideal.

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William foi um dos seis portugueses no "onze" ideal do Euro sub-21 Lee Smith/Reuters

A selecção sub-21 portuguesa tem no currículo a presença em duas finais do Campeonato da Europa do escalão e, apesar de nunca ter conquistado o troféu, pode pelo menos orgulhar-se de uma coisa: em 2015, como já tinha acontecido em 1994, o melhor jogador da competição foi português. William Carvalho reuniu a preferência dos observadores técnicos da UEFA, juntando-se a Luís Figo num grupo restrito que conta com alguns talentos de dimensão mundial, como Thiago Alcántara, Juan Mata, Petr Cech e Andrea Pirlo, entre outros.

Para além disso, a selecção portuguesa está em maioria nas escolhas para a equipa ideal deste Campeonato da Europa, contribuindo com cinco nomes (José Sá, Raphaël Guerreiro, William Carvalho, Bernardo Silva e Ivan Cavaleiro). Foram ainda seleccionados três suecos, um dinamarquês, um inglês e um alemão.

O título de campeã europeia fugiu à selecção sub-21 portuguesa de forma traumática, numa final decidida apenas no desempate por grandes penalidades. William Carvalho até foi o autor do derradeiro penálti, travado pelo guarda-redes sueco Patrik Carlgren, mas antes disso já tinha convencido os analistas. “A melhor exibição do jogador de 23 anos aconteceu na vitória por 5-0 nas meias-finais ante a Alemanha. William dominou por completo o seu opositor directo, Emre Can – outro jogador que se evidenciou a espaços –, ajudando a sua equipa a golear o adversário com números recorde”, destacava a UEFA, caracterizando William Carvalho como um “médio-defensivo autoritário”.

Os números falam pelo médio do Sporting: não só cumpriu a totalidade dos minutos do Europeu (480, ou seja, cinco jogos completos e ainda o prolongamento da final), como foi o líder incontestado nos passes completos. Concretizou com sucesso 349 dos 394 passes tentados (89%) durante a competição. “Fico muito grato por ter recebido o prémio individual porque sempre dei tudo em prol do colectivo e o individual veio ao de cima. Todos os jogadores saíram valorizados e a nossa selecção demonstrou que, no futuro, a equipa A tem jogadores de grande nível para poder representar o país”, afirmou William Carvalho, em declarações reproduzidas pela Federação Portuguesa de Futebol.

Apesar da derrota na final, o internacional português tem motivos para sorrir: entrou para uma galeria onde constam grandes nomes do futebol mundial, como Rudi Völler, Manolo Sanchís, Laurent Blanc, Davor Suker ou Fabio Cannavaro, por exemplo. O defesa italiano foi um dos que viria a conquistar a Bola de Ouro da France Football (2006, o mesmo ano em que recebeu o prémio de melhor jogador do mundo da FIFA), tal como sucedeu com Luís Figo – o português foi distinguido pela revista francesa em 2000 e pela FIFA em 2001.

Equipa ideal: José Sá (Portugal), Victor Lindelof (Suécia), Filip Helander (Suécia), Jannik Vestergaard (Dinamarca), Raphael Guerreiro (Portugal), William Carvalho (Portugal), Oscar Lewicki (Suécia), Nathan Redmond (Inglaterra), Bernardo Silva (Portugal), Ivan Cavaleiro (Portugal) e Kevin Volland (Alemanha).

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