Wawrinka está nas meias-finais mas não é o favorito

Madison Keys decide lugar na final feminina com Serena Williams.

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Wawrinka vai defrontar Djokovic GREG WOOD/AFP

O Grand Slam da Ásia-Pacífico, como é conhecido o Open da Austrália, não vai ter um vencedor local. O melhor tenista asiático de sempre, Kei Nishikori, foi eliminado por Stan Wawrinka, que defende o título. A exibição nas meias-finais coloca o suíço na luta por novo triunfo em Melbourne, mas Novak Djokovic é o seu próximo adversário.

Apesar da presença de muitos espectadores japoneses nas bancadas da Rod Laver Arena, foi Wawrinka (4.º ATP) que se sentiu em casa, ou não tivesse sido ali, 12 meses antes, que conquistou o seu único título do Grand Slam. O suíço dominou confortavelmente o finalista do último Open dos EUA nos dois primeiros sets, onde reforçou a confiança para eliminar Nishikori (5.º), por 6-3, 6-4 e 7-6 (8/6), num encontro em que ganhou 86% dos pontos disputados com o seu primeiro serviço e assinou 46 winners (o dobro do adversário).

Nishikori mostrou a sua tenacidade ao fazer o break no segundo jogo do terceiro set. Wawrinka devolveu-o mas o japonês só cedeu mais um ponto no serviço até ao tie-break, onde entrou com a esperança renovada. Só que, logo no primeiro ponto, um erro incrível num vólei abriu caminho para a superioridade de Wawrinka que se traduziu num 6/2.

Nishikori voltou a apelar a toda a sua coragem e salvou cinco match-points, o que mereceu um aplauso de pé do seu treinador Michael Chang – finalista aqui, em 1996. Só que uma tentativa de amortie deitou tudo a perder e na sexta oportunidade, o suíço assinou o 20.º ás.

“Ainda estou nervoso”, confessou Wawrinka na entrevista no court. “Penso que jogo melhor, mas todos nós melhoramos a cada ano. Estou mais agressivo, mais confiante no meu jogo quando vou à rede”, acrescentaria mais tarde.

Djokovic ganhou 16 dos 19 duelos com o suíço, mas, nas duas últimas edições, protagonizaram duelos intensos em Melbourne, ambos em cinco sets: em 2013, nos “oitavos”, Djokovic impôs-se com 12-10 no derradeiro set; no ano passado, nos “quartos”, Wawrinka venceu, com 9-7 no último parcial – a sua única vitória sobre o sérvio desde 2006.

“Os Grand Slams são torneios onde queremos mostrar o nosso melhor e tenho a certeza que ambos estamos muito cientes desse facto e é por isso que jogamos a um alto nível quando nos defrontamos e, de certa forma, puxamos um pelo outro até ao limite”, reconheceu Djokovic, que coloca a hipótese de, finalmente, rever esse último embate em Melbourne.

Nos quartos-de-final, o sérvio dominou o grande servidor Milos Raonic (8.º), por 7-6 (7/5), 6-4 e 6-2. O canadiano somou 15 ases, mas foi Djokovic a terminar o encontro sem nunca perder o serviço – o líder do ranking só sofreu um break em todo o torneio, na segunda ronda.

No torneio feminino, haverá pelo terceiro ano consecutivo uma estreante de 19 anos nas meias-finais. Depois de Sloane Stephens em 2013, e Eugenie Bouchard no ano passado, será a norte-americana Madison Keys a discutir um lugar na final, após eliminar a compatriota de 34 anos, Venus Williams (18.ª), por 6-3, 4-6 e 6-4.

Keys (35.ª) vai tentar ser a primeira jogadora desde 2009 a vencer as irmãs Williams no mesmo Grand Slam, quando defrontar Serena, que dominou totalmente Dominika Cibulkova (10.ª): 6-2, 6-2.

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