Em jogos do campeonato, Coimbra é porto seguro para os “azuis e brancos”

Com golos de Mangala, Danilo e Castro, o FC Porto derrotou a Académica, por 3-0, e regressou às vitórias.

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Francisco Leong /AFP

Quase 43 anos depois da última derrota em Coimbra para o campeonato, o estádio da Académica voltou a ser um porto seguro para o FC Porto. Num jogo tranquilo para os “azuis e brancos”, a equipa comandada por Vítor Pereira triunfou por 3-0, com golos de Mangala, Danilo e Castro. A Académica, que ofereceu uma resistência demasiado ténue, está cada vez mais perto da “linha de água”.

Ainda a lamber as feridas da eliminação da Liga dos Campeões e na ressaca de um inconveniente empate na última jornada, o FC Porto tinha margem de erro nula. Apesar de, para o campeonato, Coimbra trazer boas recordações, antes de o jogo começar, ainda estaria na memória de muitos adeptos “azuis e brancos” a última partida da sua equipa, em Coimbra: derrota por 3-0, na época passada, para a Taça de Portugal.

Sabendo que um terceiro deslize consecutivo podia significar uma fuga definitivado tapete debaixo dos seus pés, Vítor Pereira não inventou. Sem Varela e Atsu, o treinador recuperou Izmailov, que não era titular desde o início de Março. No entanto, o grande trunfo chamava-se João Moutinho. Após a contestada, por Pinto da Costa, utilização na selecção nacional, o médio voltou a assumir as rédeas do futebol portista e, como é hábito, foi fundamental na vitória do FC Porto.

Na Académica, Pedro Emanuel tinha o plantel quase a 100%, mas após somar apenas dois pontos nas últimas sete jornadas, estava sob forte pressão. Com a “linha de água” mais próxima, o treinador deixou Marinho no banco e, perante a enorme apetência ofensiva de Alex Sandro, tentou blindar o lado direito com João Dias e Rodrigo Galo. A estratégia revelou-se um flop e tornou a Académica inofensiva.

De tracção bem atrás e com pouca ambição, a Briosa entregou o domínio ao FC Porto desde o primeiro minuto e os portistas agradeceram. Mesmo sem criar perigo, os campeões nacionais foram pacientes e souberam esperar pela ocasião certa para desferir o golpe certeiro. E esse momento não demorou muito. Após uma primeira ameaça de James (11’), Moutinho estendeu a passadeira para Mangala brilhar: aos 15’, o “8” do FC Porto colocou a bola na área e o francês, na zona do ponta-de-lança, fez de cabeça o primeiro golo.

Manietada pela estratégia defensiva, a Académica não reagiu e o jogo manteve-se de sentido único: a baliza de Ricardo. Aos 19’, o guarda-redes poveiro evitou que Jackson fizesse o segundo e, entre os minutos 24 e 26, viu a bola embater por duas vezes na barra. Helton era mais um espectador e apenas aos 41’, num remate de Wilson Eduardo, teve algum trabalho.

A segunda parte foi mais do mesmo. Sem alterações na estratégia da Académica, o FC Porto continuou a mandar a seu bel-prazer e chegou rapidamente ao golo: grande assistência de Lucho e Danilo, aos 52’, fez o 2-0. As poucas dúvidas sobre o vencedor da partida ficaram aí dissipadas. Aos 67’, quando já pouco havia para fazer, Pedro Emanuel fez entrar Marinho, recuperando o habitual 4x3x3, mas o jogo estava entregue e Vítor Pereira já podia gerir o plantel retirando James e Lucho da partida.

A dois minutos do fim, com um remate de fora da área, Castro fixou o marcador final em 3-0, um resultado que reflecte na perfeição o que se passou em campo. 
 

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