Vitória prevê um “jogo difícil”, Leixões procura inspiração no Boavista

O brasileiro Hermes pode fazer a estreia pelo Benfica frente aos matosinhenses nos quartos-de-final da Taça de Portugal

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MIGUEL A. LOPES/LUSA

Três anos depois de perder para a Taça da Liga no Estádio da Luz (2-0), o Leixões volta a cruzar-se com o Benfica, na partida que vai decidir quem será o adversário do Estoril nas meias-finais da Taça de Portugal. Rui Vitória, técnico dos “encarnados”, elogia o rival, que se chegou a esta “fase da competição, tem que ter o seu mérito”, enquanto do lado dos matosinhenses, Kenedy, que vai defrontar um clube que representou como jogador, admite que tem “o sonho” de “chegar ao Jamor como treinador”.

Após um deslize contra o Boavista, que colocou um ponto final numa sequência de oito vitórias consecutivas, Rui Vitória manteve o discurso habitual na antevisão do duelo com os Leixões. O treinador do Benfica voltou a sublinhar que “independentemente da competição, a ambição é a mesma” e mostrou respeito pela equipa de Matosinhos: “Quem chega a esta fase da competição, tem que ter o seu mérito. [O Leixões] passou por várias eliminatórias, eliminou uma equipa primodivisionária e ainda agora venceu fora para o campeonato. Prevejo um jogo difícil diante de uma equipa que tem jovens de qualidade e que está bem organizada pelo Kenedy.”

Novamente sem o defesa esquerdo espanhol Grimaldo, que ontem foi operado em Madrid para corrigir uma fragilidade da parede abdominal, Rui Vitória garantiu que colocará em campo frente aos leixonenses “os melhores para aquilo que é o jogo e o contexto”. Um das novidades pode ser o brasileiro Marcelo Hermes, contratado neste mês de Janeiro. O defesa esquerdo, de 22 anos, não compete desde o final de Junho, mas pode entrar na convocatória.

A atravessar a melhor fase da época – três vitórias nos últimos cinco jogos -, o Leixões coloca a pressão do lado do Benfica. Daniel Kenedy, que jogou nos benfiquistas entre 1992 e 1996, diz que “quem tem obrigação de ganhar” são as “águias”, mas admite a ambição de chegar à final: “É um sonho que eu tenho poder chegar ao Jamor como treinador. Ganhei duas vezes como jogador, gostava de voltar e ganhar como treinador.” Sobre o regresso à Luz, Kenedy diz que será “especial”, mas sublinha que a sua “equipa e paixão” neste momento “é o Leixões”.

Bruno China, capitão dos matosinhenses, já esteve numa final da Taça de Portugal pelo Leixões e refere que a sua equipa não tem “nada a perder” e acredita que os jogadores leixonenses vão mostrar “determinação, carácter e potencial”. O experiente médio, de 34 anos, disse ainda que o empate conseguido pelo Boavista no último fim-de-semana “tem que servir de exemplo”: “Vamos lá com o intuito de surpreender. O Leixões é um clube especial e aqui, por vezes, acontecem coisas diferentes.”

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