O futebol foi mau, o resultado magro não engana. Mas o desfecho da partida acaba por assentar bem ao Vitória de Setúbal que, graças a um golo solitário de Giovani, voltou a provar o doce sabor da vitória depois de duas derrotas consecutivas — em casa com o Vitória de Guimarães (1-0) e fora com o Paços de Ferreira (4-1).

O V. Setúbal entrou melhor na partida e dominou durante toda a etapa inicial, em que criou algumas oportunidades de golo e acabou por chegar o golo. Aos 30 minutos, na sequência de um livre no flanco esquerdo do ataque sadino, Giovani rematou rasteiro ao canto direito da baliza de Salin e colocou o Vitória de Setúbal a vencer por 1-0, resultado que se manteve até ao intervalo.

Na segunda parte, o Marítimo entrou mais ambicioso e conseguiu pressionar a equipa da casa nos minutos iniciais, mas voltou a ser o V. Setúbal a desperdiçar o que poderia ser o segundo golo, aos 62 minutos, através de Zequinha, após um bom cruzamento de Miguel Pedro.

Apesar da superioridade sadina, o Marítimo nunca deixou de tentar chegar à igualdade, mas os avançados da equipa madeirense também não foram eficazes no capítulo do remate e o resultado não sofreria modificações até ao final. Com este desfecho os maritimistas somaram o quarto desaire consecutivo na competição, algo que incomoda Leonel Pontes: “Claro que quatro derrotas preocupam. Estamos numa fase em que ainda não encontrámos a nossa identidade. Alternamos coisas boas com coisas menos boas.” Sobre o jogo, o técnico dos madeirenses considerou que o resultado que melhor se ajustava ao que se passou no Bonfim seria o “empate”.

Opinião diferente tinha Domingos Paciência, técnico dos vitorianos: “O Marítimo teve uma oportunidade a acabar a primeira parte, que o Lukas Raeder defendeu. Na segunda parte, acho que também teve uma oportunidade. Por isso, penso que a nossa vitória é justa. Não foi um jogo de supremacia muito evidente, mas acho que a vitória nos assenta melhor.