O Sporting está a especializar-se em finais impróprios para cardíacos

Os “leões” venceram o Moreirense (3-2) no último instante, após terem visto anuladas duas vezes outras tantas vantagens. Foi a terceira vitória seguida para os sportinguistas no campeonato, um recorde na época.

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O Sporting chegou à vitória no último instante do jogo contra o Moreirense Miguel Manso

Foi um thriller, tirado a papel químico daquele que se viu há uma semana, em Braga. O Sporting venceu (3-2) o Moreirense, com o golo da vitória a ser obtido no último suspiro da partida.

Os visitantes tinham anulado a vantagem “leonina” em duas ocasiões, mas não resistiram ao golo de Viola, que deu ao Sporting o terceiro triunfo consecutivo na I Liga. É a melhor série do emblema de Alvalade na presente temporada.

Capel, Wolfswinkel e Viola fizeram os golos do Sporting e deixaram a equipa de Jesualdo Ferreira a um ponto do Marítimo, quinto classificado. Os “leões” adormeceram ontem e acordaram hoje no sexto lugar (à condição) da tabela, a melhor classificação da época. Embora ainda possam ser alcançados por Estoril ou Nacional.

Foi um encontro entre queridos inimigos. Augusto Inácio, treinador do Moreirense, é uma das escolhas do novo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, para o departamento de futebol do clube. Mas o técnico rejeitou qualquer conflito de interesses, exigindo respeito pelo seu profissionalismo. “[No sábado], o Inácio é meu inimigo, é o meu oponente e é o treinador da equipa à qual queremos ganhar”, disse Jesualdo Ferreira na antevisão da partida.

O treinador do Sporting fez apenas duas alterações na equipa em relação ao jogo em Braga, que os “leões” venceram por 3-2. Uma por obrigação, já que Joãozinho cumpriu castigo e foi rendido por Miguel Lopes, e outra por opção, com Labyad a ser relegado para o banco de suplentes, cedendo o lugar a Bruma. E o jovem extremo foi instrumental para o golo que deu vantagem ao Sporting: foi ele que sofreu a falta que deu grande penalidade, convertida com sucesso por Diego Capel (40’).

Foi em festa que Alvalade chegou ao intervalo. Os órgãos sociais foram apresentados no relvado, Bruno de Carvalho recebeu uma ovação e anunciou que o próximo jogo do Sporting em casa será de porta aberta para todos os sócios. Mas a atmosfera arrefeceu abruptamente no início da segunda parte. Num bom lance individual, Ghilas entrou na área, tirou Rojo do caminho e atirou fora do alcance de Rui Patrício.

O Sporting reagiu bem ao golo, mas foi a partir do momento em que Jesualdo Ferreira mexeu na equipa (tirou Miguel Lopes e lançou Labyad) que começou a criar mais perigo. E o suspeito do costume, Ricky van Wolfswinkel, recolocou os “leões” em vantagem (66’). O passe foi de Cedric e o holandês acrescentou um golo à conta pessoal.

Mas a felicidade voltaria a ser passageira. O Moreirense, desta vez num lance de bola parada, tornou a fazer o empate. Aníbal Capela, de cabeça, desviou o livre de Fábio Espinho para o fundo da baliza de Rui Patrício.

Só que, estava escrito, a história ia repetir-se e, no último lance da partida, Wolfswinkel assistiu Viola para o 3-2. Tal como há uma semana, os “leões” respiraram de alívio só mesmo no finalzinho. Daqui a 15 dias, na próxima jornada, vão à Luz, defrontar o Benfica.     

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