Vaidisova voltou ao circuito principal

Maria Sharapova foi eliminada por jovem compatriota em Miami.

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Clive Brunskill/AFP

São muitos os que se lembram de Nicole Vaidisova, antiga número sete do ranking em 2007, com 18 anos. Entre 2004 e 2009, foi das mais brilhantes jovens no circuito feminino, tendo conquistado seis títulos e atingido por duas vezes as meias-finais de torneios do Grand Slam (Roland Garros, em 2006, e Austrália, no ano seguinte). Depois de um interregno na carreira de quatro anos, Vaidisova voltou a competir e, em Miami, obteve a sua primeira vitória em eventos do WTA Tour desde 2010. Nesta sexta-feira, procurava a quinta vitória sobre uma top 3 e a primeira nos últimos sete anos, mas encontrou uma Simona Halep bastante sólida e cedeu em três sets: 6-4, 2-6 e 6-1.

“Sinto-me bem, quase que me esquecia de como era. Desta vez, não vou dar nada como adquirido. Estou muito agradecida por estar aqui”, reconheceu Vaidisova, quando eliminou a húngara vinda do qualifying, Timea Babos (87.ª), por 6-1, 7-6 (7/4). Frente a Halep (3.ª), vinda da conquista do maior título da carreira, em Indian Wells, a checa somou o mesmo número de ases (4), fez menos duplas-faltas (4-6) e assinou mais winners (24-17). Mas cometeu 43 erros não forçados e só aproveitou seis dos 10 break-points.

Vaidisova (328.ª) foi mais um prodígio a sair da Academia de Nick Bollettieri. Logo no terceiro torneio que disputou, em Vancouver, ganhou-o. Em 2006, derrotou duas vezes Amélie Mauresmo quando a francesa era número um e, em 2007 e 2008, venceu Jelena Jankovic quando a sérvia era a terceira do ranking. Duas cirurgias ao ombro direito, nos EUA e República Checa, e o interesse em Radek Stepanek, 11 anos mais velho, que acabou em casamento, levaram-na a retirar-se em 2010. Três anos mais tarde, a checa e o ex-namorado de Martina Hingis, e actual de Petra Kvitova, divorciaram-se.

“Pensei que tirar algum tempo para curar o meu ombro seria melhor. Mas a primeira cirurgia não correu bem, por isso houve uma segunda. Tive muita ajuda de médicos e fisioterapeutas e têm um enorme mérito por eu ser capaz de jogar. Quando parei, nunca disse que não iria voltar a jogar, apenas quis afastar-me e respirar - é duro quando se é jovem. No circuito, andamos a correr a 100% e não pensamos muito nas coisas. Foi bom estar em casa durante um tempo e assentar as ideias”, vincou.

Vaidisova recomeçou por baixo, em Setembro do ano passado, jogando torneios do circuito ITF. No mês passado, em Midland, ganhou seis encontros consecutivos, desde o qualifying até ser travada nas meias-finais. Graças a um wild-card, regressou em Miami ao nível mais alto, mas continua sem grande pressão nem objectivos quanto a resultados. “Se continuar no circuito mais tempo e disputar mais torneios seguidos, penso que vou rever isto. Apenas quero dar tudo o que posso e não ter nada de que me arrepender”, disse Vaidisova.

Também destaque no Miami Open esteve outra wild-card, a russa de 21 anos Daria Gavrilova (97.ª). Recém-entrada no top 100 e sem nunca ter vencido adversárias do top 35, a campeã mundial de juniores de 2010 eliminou Maria Sharapova, por 7-6 (7/4), 6-3.

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