Foi uma enorme manifestação de carácter e determinação que se viu nesta sexta-feira em Guimarães, onde um Vitória de sangue azul — com bis de Marega — respondeu com cinco golos (5-3) à maldição do Paços de Ferreira, na abertura da 3.ª jornada da Liga.

Mas os minhotos não se livraram de um valente susto inicial, permitindo que o Paços entrasse a marcar, por André Leal, logo no primeiro minuto. Sensação de desconforto recuperada nos últimos 20 minutos, com os dois golos de Pedrinho, num ápice, depois de o Vitória ter esmagado positivamente o adversário, atingindo até uma vantagem de 5-1.

Psicologicamente, por si só, o golo de André Leal exercia uma pressão capaz de quebrar e subjugar os “conquistadores”, com um histórico desfavorável frente aos homens da Mata Real, no D. Afonso Henriques.

Mas os minhotos reagiram e rapidamente deram a volta ao resultado, apoiados na força de Marega e na infelicidade de Mateus, a marcar na própria baliza. Pelo meio ficou um golo anulado a Soares. Em apenas 15 minutos o jogo dava uma cambalhota, deixando o V. Guimarães embalado para uma vitória incontestável.

O Paços de Ferreira não encontrava soluções para travar Raphinha, Soares e Marega. Pior, os visitantes não esperavam a traição de Paolo Hurtado, que num mergulho olímpico derrotou qualquer tentativa de reacção (53’), antes do penálti convertido por Soares.