Conquistadores detonam “pedreira” em busca do pódio

Josué e Soares resolveram em pouco mais de 15 minutos o destino de um jogo bem disputado (1-2).

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Hugo Delgado/Lusa

Foi uma entrada personalizada em casa do rival, a do V. Guimarães, que em cerca de um quarto de hora detonou neste domingo a “pedreira” (1-2) — recinto no qual nunca tinha vencido, já que o último triunfo sobre o Sp. Braga acontecera em 2002, no Estádio 1.º de Maio — para ganhar terreno aos dois mais directos rivais na luta pelo pódio da Liga, após a 18.ª jornada.

Josué (10’) e Soares (16’) puseram rapidamente os “guerreiros” em sentido, anulando as investidas de Wilson Eduardo, o primeiro a desembainhar a espada e a testar os reflexos de Douglas, personificando um Sp. Braga determinado, pujante, a querer impor-se desde o início.

Ímpeto a que os “conquistadores” responderam com uma abordagem igualmente forte, a libertarem-se bem da pressão alta, a saírem rápido e a explorarem a primeira brecha aberta na muralha dos locais: duas ligeiras falhas de marcação num canto precipitaram o Sp. Braga numa vertigem que até poderia ter sido travada no lance seguinte, onde voltou a surgir Josué, oportuno, heróico, a limpar um lance de golo iminente.

O Vitória sacudia a poeira e voltava ao combate, de viseira erguida, com Soares a cuspir fogo e a deixar uma marca indelével na partida, com um imparável desvio de cabeça para as redes do grande rival, à passagem do quarto de hora. Golo que só não repetiu instantes depois porque a barra de Marafona impedia a humilhação em pleno aniversário. A prenda dos 96 anos do Sp. Braga estava seriamente comprometida, embora o jogo continuasse vivo, sem rendições, mas com o anfitrião claramente mais infeliz na hora da verdade.

Jorge Simão deixava claro que não tinha nada a perder e começava a transformar a equipa, a dotá-la de maior experiência, sacrificando Xeka e aumentando a presença entre as linhas inimigas. Não tardaria muito a troca de um central por um criativo e a chamada a cena da grande reserva moral, com Alan em campo para infundir respeito. Ao Vitória competia agora gerir, esperar, aguentar e espreitar o golo que aniquilasse os bracarenses. Soares esteve perto de o conseguir, numa arrancada que lembrou aos locais os riscos que corriam na sua senda pela reviravolta cada vez mais improváve, tendo em conta a falta de eficácia na hora da finalização.

Foi então que surgiu a traição de Velázquez, a reclamar de um cartão amarelo que mudou repentinamente de cor, matando a esperança braguista. Um sentimento que Stojiljkovic ainda atenuou, com um cabeceamento certeiro aos 90+3' que mitigou uma dor profunda, a mostrar que era possível ter ido mais longe neste derby que juntou Sp. Braga, Sporting e Vitória na luta pelo bronze.     

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