O Real Madrid continua na perseguição ao Barcelona, mas pagou um preço demasiado caro para vencer o Málaga (3-1): em troca de manter a diferença de dois pontos relativamente aos catalães na classificação, Carlo Ancelotti ficou sem Gareth Bale e Luka Modric, que se lesionaram durante a partida e tiveram de ser substituídos. É uma preocupação acrescida para o treinador do Real Madrid, que na quarta-feira recebe o rival Atlético de Madrid na segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões (0-0 no primeiro jogo).

Também houve boas notícias, como o golo de Cristiano Ronaldo a fechar o marcador (antes tinha desperdiçado uma grande penalidade), que foi o 50.º do internacional português em todas as provas, nesta época — é a quinta temporada consecutiva em que Cristiano Ronaldo atinge esta marca. Mas a preocupação que as lesões de Bale e Modric suscita na capital espanhola é incontornável. “O Modric tem um problema no joelho e o Bale nos gémeos, mas por agora não podemos dizer mais, será preciso fazer exames nos próximos dias. Não estão completamente descartados [da segunda mão dos quartos-de-final da Champions]”, adiantou Carlo Ancelotti, acrescentando: “Com Bale ou sem ele, vamos fazer tudo para chegar às meias-finais”.

O galês teve de ser substituído por Isco logo aos cinco minutos do jogo frente ao Málaga, e Modric saiu na segunda parte para dar lugar a Illarramendi (60’). O Real Madrid adiantou-se no marcador aos 24’, com um golo de Sergio Ramos, e James Rodríguez ampliou o resultado aos 69’, com um grande golo de James Rodríguez. Juanmi reduziu para o Málaga, mas Cristiano Ronaldo – que tinha desperdiçado um penálti aos 67’, com um tiro ao poste da baliza de Kameni – restabeleceu a diferença de dois golos nos derradeiros instantes do encontro.

Durante a tarde, o Atlético de Madrid foi à Galiza obter uma vitória relativamente tranquila sobre o Deportivo da Corunha (1-2). A equipa de Diego Simeone vencia 0-2 ao intervalo, graças a um “bis” de Antoine Griezmann, e pôde começar desde cedo a pensar na segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Quanto ao Barcelona, conservou a liderança e a vantagem sobre os rivais com um triunfo (2-0) sobre o Valência, de Nuno Espírito Santo. Houve um golo logo a abrir e outro mesmo a fechar: marcaram Luis Suárez (aos 56 segundos) e Lionel Messi (aos 90+4’), que chegou aos 400 golos pelo Barcelona, em todas as competições.

Mourinho perto do título
Na Liga inglesa, o Chelsea ficou mais perto do título com a vitória sobre o Manchester United (1-0), que permitiu à equipa de José Mourinho ampliar para dez pontos a vantagem sobre o segundo classificado. Tudo ficou resolvido ainda antes do intervalo, com um golo de Hazard. O Chelsea adiantou-se no único remate enquadrado com a baliza adversária durante a primeira parte, que terminou com escassos 30% da posse de bola. Aos críticos, José Mourinho respondeu com a estratégia: “Não nos importamos com as estatísticas, só nos interessam os pontos”.

Ainda em Inglaterra, o Arsenal precisou de prolongamento para vencer o Reading e garantir a presença na final da Taça de Inglaterra. No domingo às 15h é a vez de Aston Villa e Liverpool disputarem a meia-final.

Quem já pôde festejar a conquista do campeonato foi o PSV Eindhoven, que goleou o Heerenveen por 4-1 e celebrou o 22.º título, após sete anos de “seca”. A equipa de Philipp Cocu garante o regresso à Liga dos Campeões, competição da qual estava afastada desde 2008-09.

Poucos dias depois de perder no Dragão frente ao FC Porto, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, o Bayern Munique regressou aos triunfos na recepção ao Hoffenheim (2-0). Mas Pep Guardiola não se livrou das dores de cabeça: a defesa continua a mostrar fragilidades e o lateral esquerdo Juan Bernat saiu lesionado.

A Juventus bateu a Lazio por 2-0 e lidera a Serie A com 15 pontos de vantagem (a Roma pode ficar a 13 se no domingo bater a Atalanta).

Em França, o Paris Saint-Germain retomou a liderança (ganhou 1-3 em Nice) e o Mónaco empatou (1-1) com o Rennes.