Um a um, os melhores e piores de Portugal

Análise individual dos jogadores portugueses, com notas de zero a dez.

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A equipa portuguesa que jogou frente à Polónia AFP

Rui Patrício (nota 8 em dez)

Durante 120’ fez apenas uma defesa apertada, num remate de Milik em que a bola foi rasteira, e nada podia fazer quando Lewandwski lhe apareceu à frente, isolado, para fazer o golo. Nos três primeiros penáltis da Polónia, o guarda-redes português nunca adivinhou o lado, mas, ao quarto, acertou e colocou a selecção portuguesa na rota do apuramento, ele que, há quase uma década, então com 18 anos, sem barba e com mais cabelo, se estreou na baliza do Sporting a defender um penálti.
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Cédric (6)

Deixou passar uma bola no lance do golo polaco e acusou algum nervosismo nos primeiros minutos, mas recompôs-se rapidamente e passou o jogo sem cometer mais erros, contribuindo até com algumas boas iniciativas atacantes.
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Pepe (8)

Mais um jogo enorme do central luso-brasileiro perante a ameaça permanente de Lewandowski. Manteve a concentração durante 120’, com cortes providenciais, não só na área portuguesa, como até em jogadas de antecipação mais à frente, algo que, graças à sua velocidade, só ele consegue fazer. Foi o que aconteceu num lance em que saiu a jogar, levou a bola até à área contrária e tinha Ronaldo na mira, mas um corte de qualquer maneira de um defesa polaco quase deu autogolo.
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Fonte (7)

Outra exibição muito segura do central do Southampton. Menos veloz que Pepe, mas com grande sentido de antecipação e muito competente no jogo aéreo. Também nunca perdeu o norte quando as pernas começaram a faltar.
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Eliseu (6)

Tinha como missão, mais uma vez, substituir aquele que tem sido um dos melhores jogadores portugueses, Raphaël Guerreiro, e o lateral do Benfica não comprometeu. Menos aventureiro a subir, mas com experiência suficiente para saber quando avançar no terreno e mandar algumas bolas para a área.
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William (6)

Na primeira parte, os médios polacos passaram por ele em alta velocidade e William não parecia ter pernas para ir atrás deles, tendo chegado atrasado no lance do golo polaco. Subiu bastante de rendimento na segunda parte quando passou a ter mais apoio, mas começou a sentir o peso dos minutos e Fernando Santos tirou-o de campo, também porque já tinha um cartão amarelo, que o deixa de fora das meias-finais.
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Adrien (6)

Manteve a titularidade no meio-campo português e, tal como os companheiros do sector, andou algo perdido em campo durante a primeira meia-hora. Depois, também ele estabilizou e esteve mais próximo do seu rendimento habitual. O cartão amarelo que viu durante a segunda parte obrigou Fernando Santos a tirá-lo do jogo.
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João Mário (6)

Andou a saltar entre várias posições no terreno, nos dois flancos e até a fazer companhia a Ronaldo no ataque. Não fez um jogo espectacular e protagonizou algumas perdas de bola naquele início de jogo desastroso da selecção portuguesa, mas acabou por encontrar o seu ritmo. Saiu aos 80’, esgotado.
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Renato Sanches (7)

O povo pediu, Fernando Santos acedeu e Renato Sanches justificou a aposta. O agora médio do Bayern Munique foi um dínamo no meio-campo português, claramente o melhor em campo durante a primeira parte. Foi ele que marcou o golo do empate num grande remate à entrada da área. Recebeu da UEFA pela segunda vez o prémio de homem do jogo e, não tendo tido tanta influência no segundo tempo e no prolongamento, foi ele que trouxe Portugal de volta ao jogo e teve o sangue-frio para marcar um dos penáltis. A boa notícia da sua titularidade é que a equipa não estranhou e, muitas vezes, até jogou para ele.
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Nani (7)

Esteve em quase todas as jogadas perigosas da selecção portuguesa no jogo e foi dele o passe de calcanhar que meteu a bola à frente de Renato Sanches no lance do golo do empate. Bem mais objectivo e influente que Cristiano Ronaldo, foi dos que fisicamente mais sentiu esta nova ida a prolongamento e talvez tivesse agradecido a substituição, mas teve de aguentar. Foi um dos escolhidos para os penáltis e não falhou o seu.
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Cristiano Ronaldo (6)

Até ver, em cinco jogos, Cristiano Ronaldo foi decisivo em apenas um, o da Hungria, em que marcou dois golos. Frente à Polónia, o capitão português até teve algum espaço em várias ocasiões, mas sem o melhor discernimento na altura do remate, ele que é um finalizador de excelência — teve uma oportunidade soberana, sozinho perante Fabianski, após passe de Moutinho, mas nem sequer acertou na bola. Pode queixar-se de um penálti que ficou por assinalar aos 30’, mas acabaria por ter a sua oportunidade no desempate. Desta vez, ao contrário do que aconteceu há quatro anos, foi logo o primeiro a marcar. E não falhou.
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João Moutinho (6)

Foi pela primeira vez suplente utilizado e quase foi decisivo, assinando um magnífico passe aos 85’ com uma bola pelo ar que ficou redondinha para Ronaldo desfazer o empate no tempo regulamentar. Depois, não comprometeu no prolongamento — a Polónia também foi menos perigosa — e marcou o seu penálti com precisão exemplar.
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Quaresma (6)

É o talismã da selecção portuguesa. Não teve uma grande contribuição em 40 minutos de jogo corrido, mas foi ele o escolhido para bater o último penálti. Como tinham sido os colegas antes dele, foi certeiro.
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Danilo (6)

Entrou já durante o prolongamento para dar algum pulmão ao meio-campo português que já estava a ficar sem fôlego e cumpriu sem sobressaltos. Tem a titularidade garantida nas meias-finais graças ao castigo de William.
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