Um a um, os melhores e piores de Portugal

Avaliação individual dos jogadores portugueses no jogo frente à Croácia, com nota de zero a dez.

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A equipa portuguesa que defrontou a Croácia FRANCISCO LEONG/AFP

Rui Patrício (5)
Tal como Subasic na baliza croata, Rui Patrício passou o jogo quase todo sem fazer uma defesa porque ninguém na Croácia fez um remate à baliza. No prolongamento, teve uma saída em falso na sequência de um canto que, por pouco, não deu golo, e, pouco depois, ainda desviou, com a ponta dos dedos um remate que foi ao poste.
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KENZO TRIBOUILLARD/AFP

Cedric Soares (7)
Foi uma das várias novidades de Fernando Santos no “onze” e, pelo que fez, terá ganho a Vieirinha o lado direito da defesa enquanto Portugal estiver no Euro. Defensivamente, não teve uma exibição isenta de falhas — foi ultrapassado um par de vezes pelos jogadores croatas —, mas cumpriu com distinção, aventurou-se algumas vezes no ataque e teve pulmão para durar os 120’. Os cruzamentos é que não lhe saíram tão bem como isso.
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Pepe (8)
Tirando os adeptos do Real madrid e da selecção portuguesa, não deve haver muita gente no futebol mundial que goste dele e dos excessos que por vezes comete, mas há uma verdade que é indesmentível. O central do Real Madrid é um grande jogador e isso ficou, mais uma vez, bem vincado. Absolutamente intratável no eixo defensivo português, impecável a sair em antecipação e com velocidade mais que suficiente para ajudar onde era preciso. Um jogo quase sem falhas ao qual esteve perto de juntar um golo.
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Gonzalo Fuentes/Reuters

José Fonte (7)
Tal como o seu colega no Southampton, Fonte estreou-se em grande neste Europeu e formou uma parceria de ferro e aço com Pepe. É um daqueles centrais que não tenta fazer aquilo que não sabe e esse é um dos seus méritos — Ricardo Carvalho sabe sair a jogar, ele não. Os outros são um impecável sentido posicional e uma presença física impressionante. Mandzukic, também ele um avançado potente e muito físico, não teve espaço para o que quer que fosse.
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Gonzalo Fuentes/Reuters

Raphael Guerreiro (7)
Ausente do jogo com a Hungria, o lateral do Borussia de Dortmund voltou à titularidade e a selecção portuguesa ganhou, não apenas outra solidez defensiva, como teve um precioso auxiliar no ataque, ele que é um jogador rápido e com muito pulmão. E também pode fazer a diferença nas bolas paradas. Um livre ainda na primeira parte quase deu um golo de Pepe.
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Charles Platiau/Reuters

William Carvalho (6)
Desta vez teve a companhia dos seus “parceiros de crime” no Sporting, Adrien e João Mário. Não foi uma exibição perfeita, mas William foi igual a si próprio em boa parte do jogo, a desarmar com poucas faltas e a ver linhas de passe que os outros não vêem. Fez um grande passe que Ronaldo não conseguiu aproveitar. Fisicamente teve alguma quebra com o decorrer do jogo, mas não comprometeu na hora do aperto.
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Adrien Silva (7)
Estreou-se como titular na selecção portuguesa e tinha como missão não deixar respirar o artista croata Luka Modric. O médio do Sporting foi incansável e omnipresente no meio-campo português, com uma dinâmica que João Moutinho nunca conseguira dar nos três jogos anteriores. Foi dele o passe para Nani no lance em que os portugueses reclamaram (com razão) um penálti.
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André Gomes (5)
Foi titular, entrou para a segunda parte e saiu dois minutos depois. Tal como acontecera frente à Hungria, o médio do Valência teve pouca influência no jogo e foi o menos exuberante do meio-campo. Não começou mal, mas o seu rendimento caiu rapidamente.
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João Mário (7)
Outro que beneficiou muito com a presença dos seu colegas no Sporting. Pareceu até mais à vontade com a bola nos pés, mais disposto a arriscar e a ir para a frente, o que é perfeitamente natural dado as rotinas que tinha com William e Adrien, e até subiu de rendimento quando passou a ter Renato Sanches ao lado. Não chegou ao tempo extra, mas fez um bom jogo.
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Lee Smith/Reuters

Nani (7)
Já se sabe que, numa frente de ataque com Cristiano Ronaldo ao lado, é Nani quem tem de se desmultiplicar em várias tarefas e andar do meio para o lado e vice-versa. No seu 100.º jogo pela selecção, teve uma exibição de altos e baixos, tanto perdendo uma bola que deu uma oportunidade de golo a Perisic, como sofrendo uma falta que devia ter dado penálti. Já nos minutos finais, quando parecia que já não tinha para dar, teve fôlego suficiente para acompanhar um contra-ataque, a bola veio parar-lhe aos pés, meteu-a na pequena área, e Ronaldo e Quaresma fizeram o resto.
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Cristiano Ronaldo (6)
Depois de um Europeu em que não fez outra coisa que não rematar, e de ter marcado dois golos no jogo com a Hungria, Cristiano Ronaldo chegou aos últimos minutos sem ter feito o único remate. Depois, quando a bola lhe chegou de Nani, apontou à baliza, Subasic defendeu e Quaresma marcou. Não fez um jogo muito exuberante, mas estava no sítio certo quando foi preciso.
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Lee Smith/Reuters

Renato Sanches (7)
Fernando Santos esperou exactamente dois minutos na segunda parte antes de meter Renato Sanches em jogo e deve ter-se arrependido de não o ter feito mais cedo. Quando o miúdo das tranças entrou, sentiu-se logo outra energia na equipa. Mais velocidade, mais agressividade, mais disponibilidade, mais tudo em relação a André Gomes. Quando a equipa já estava mentalizada para defender até aos penáltis, Renato arrancou pelo campo fora com a bola nos pés, fez o passe a quem tinha de fazer e, depois, juntou-se à festa.
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Benoit Tessier/Reuters

Ricardo Quaresma (7)
Não há volta a dar-lhe. Ricardo Quaresma é a arma secreta de Portugal neste Europeu. Depois de ter feito uma assistência ?no jogo anterior, desta vez foi ele o herói. Nem precisou de fazer muitos malabarismos. Foi só encostar.
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Danilo Pereira (6)
Perdeu a titularidade mas mantém a utilidade. Voltou a entrar nos últimos minutos para defender e contribuiu para segurar o impulso final dos croatas.
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Carl Recine/Reuters
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