UEFA distribui mais 400 milhões de euros anuais na Champions e Liga Europa

Michel Platini será hoje reeleito presidente da UEFA e Fernando Gomes concorre a vaga no Comité Executivo

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Gianni Infantino na conferência de imprensa desta manhã, em Viena AFP/JOE KLAMAR

Uma Liga dos Campeões ainda mais milionária e uma Liga Europa reforçada financeiramente são as consequências do novo sistema de distribuição de receitas aos clubes para o triénio de 2015-18 aprovado, esta segunda-feira, pelo Comité Executivo (CE) da UEFA, reunido em Viena, na Áustria. No total, serão 2,24 mil milhões de euros que irão transitar para os clubes anualmente, ao longo das próximas três épocas, com destaque para o “bolo” anual de 1,25 milhões reservado aos participantes na Champions (mais 250 milhões do que actualmente). Numa escala bem mais modesta, a Liga Europa passará a distribuir 380 milhões de euros por ano (mais 150 milhões).

“O [montante] restante é reservado ao reforçado pacote de solidariedade para o futebol europeu e para as despesas de organização de todas as competições de clubes da UEFA”, esclareceu Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA, no final da reunião, remetendo mais pormenores sobre o acordo para a Assembleia Geral da Associação Europeia de Clubes, marcada para o próximo dia 31 de Março.

O CE divulgou ainda o formato de qualificação para o Mundial 2018, em que é proposta a participação de 14 selecções europeias na fase final, mais uma do que no Mundial do Brasil, no ano passado, face à presença assegurada da anfitriã Rússia. “As melhores equipas devem estar nesta competição. Poderíamos ter exigido [à FIFA] mais lugares, mas [mais] um é algo justo”, assegurou Infantino, defendendo de forma pragmática este ponto de vista da UEFA: “O futebol não é como os Jogos Olímpicos, onde o que é importante é participar. No futebol o importante é ganhar.”

Faltará ainda a confirmação da FIFA, que só deverá anunciar a distribuição dos 32 lugares para o Mundial da Rússia após uma reunião extraordinária do seu Comité Executivo, marcada para dia 30 de Maio. O sorteio preliminar para a fase final decorrerá a 25 de Julho, em São Petersburgo.

Num outro âmbito, o CE da UEFA aproveitou também para se demarcar das posições críticas da Associação de Ligas de Futebol Profissional (EPFL) à decisão da FIFA de realizar o Mundial do Qatar 2022, no Inverno. “A UEFA não apoia a EPFL: eles estão isolados nessa posição e estão divididos”, garantiu Gianni Infantino, desdramatizando a questão: “É preciso que eles [EPFL] regressem à terra: a perspectiva de um Campeonato do Mundo no Inverno, quando restam seis anos e meio para a sua organização, não é o fim do mundo.”

Fernando Gomes a votos

A reunião do CE antecede o XXXIX Congresso Ordinário da UEFA, que se realiza esta terça-feira, também em Viena, e que irá reconduzir o francês Michel Platini a um terceiro mandato como presidente do organismo máximo do futebol europeu. Em paralelo serão eleitos sete novos membros do CE para o quadriénio 2015-19, com Fernando Gomes a surgir entre os 12 candidatos.

Esta será a segunda tentativa do presidente da Federação Portuguesa de Futebol integrar o órgão máximo da UEFA, depois de ter desistido da corrida em 2013. Acabaria por ser nomeado por Platini como conselheiro especial do CE, cargo que ainda mantém actualmente.

Se vier a ser eleito, Fernando Gomes será o quarto português a ocupar um lugar na CE, depois de Cazal Ribeiro (1968), Silva Resende (1984) e Gilberto Madaíl (2007). Na votação participam os líderes da 54 federações que integram a UEFA.     

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