Treino de força intenso promete um corpo modelado e saudável

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Pedro Elias

Um novo formato de treino de força está a tornar-se a forma de exercício preferida entre atletas, ciclistas, desportistas, mesmo os de fim-de-semana, e os mais entusiastas pela manutenção da forma física e pelo fortalecimento dos músculos. Especialistas defendem que em conjunto com uma alimentação equilibrada, o treino de força permite queimar calorias até 72 horas depois do exercício. Mas não é para todos.

O tradicional treino de força requer habitualmente o uso de pesos ou aparelhos de peso para criar massa muscular ou endurecer os músculos. No caso do treino de força metabólico é utilizada uma combinação de circuitos de exercício intenso com variações e repetições de exercícios com pesos livres, kettlebells (bolas de ferro), alteres de vários tamanhos, e faixas de resistência para aumentar o metabolismo depois e durante o treino.

O treinador Nick Tumminello, autor de Strength Training for Fat Loss, afirma em declarações à Reuters que o treino de força deve ser a forma primária de exercício para todos, excepto principiantes. “Se pretende perder gordura, faça treino de força”, recomenda Tumminello. “Esteja atento à sua dieta para revelar a forma do corpo e treino de força para melhorar a forma física”, continua.

O treinador, actualmente a trabalhar na Florida, EUA, sublinha que o body-building é a melhor opção para maximizar a modelação do corpo, mas para a maioria das pessoas que pretendem “perder gordura no corpo ou sentir-se melhor, ou melhorar a forma física, este [treino de força] provoca uma maior perturbação metabólica”.

Devido à intensidade deste tipo de treino, Nick Tumminello recomenda que se comece por fazê-lo uma ou duas vezes por semana e que se aumente gradualmente o número de dias para três ou quatro vezes. Isto porque, explica Tumminello, o corpo necessita de recuperar da intensidade do esforço.

Jenn Burke, uma treinador pessoal e gerente de uma cadeia de ginásios em São Francisco, sublinha, por sua vez, à Reuters, que a actividade cardiovascular estável, como corrida ou ciclismo, deve ser utilizada para queimar calorias e aumentar as capacidades cardíaca e pulmonar. A diferença quanto ao treino de força é que esta forma de exercício permite queimar calorias até 72 horas depois da actividade física ter terminado.

A treinadora explica que mais que comparar quanto peso se pode levantar, o treino de força tem muito mais em conta a forma como se pode tornar o corpo mas eficiente, tonificado e forte. “Podemos ser magros, mas não conseguirmos levantar a nossa mala”, exemplifica.

Jacque Ratliff, fisiologista de exercício no American Council on Exercise, acrescenta aos benefícios desta forma de exercício o aumento da densidade mineral dos ossos e o fortalecimento dos tecidos, tendões e ligamentos. “Se alguém cair, quanto mais força tiverem os seus músculos, ossos, tendões e ligamentos, será menos provável que se magoe”, afirma.

Outra das vantagens é o aumento da elasticidade do músculo. Quanto maior for a massa muscular, maior será o repouso do metabolismo e melhor será a posição do corpo, realça a fisiologista.

Tal como Nick Tumminello, Ratliff não aconselha este tipo de exercício a pessoas que façam actividade física há pouco tempo e recomenda aos que estão mais aptos que o façam inicialmente uma ou duas vezes por semana.

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