Tondela é campeão da II Liga e União da Madeira também sobe

Muita emoção na jornada decisiva para a promoção à I Liga que acabou por deixar o Desportivo de Chaves e o Sporting da Covilhã pelo caminho.

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União da Madeira regressa ao convívio com os "grandes" do futebol nacional HOMEM DE GOUVEIA/LUSA (arquivo)

Foi emotiva até ao último suspiro a luta pela subida à I Liga, mas no final só fizeram a festa o Tondela e o União da Madeira, ficando pelo caminho o Desportivo de Chaves e o Sporting da Covilhã. Um golo no último minuto dos descontos garantiu o empate a uma bola à equipa do distrito de Viseu, no terreno do Freamunde, que conquistou o título de campeã da II Liga e estará pela primeira vez na sua história no escalão principal do futebol nacional.

O União da Madeira cumpriu a sua missão no campo do Oriental, onde venceu por 3-0, mas só o golo do Tondela, apontado por André Carvalhas, permitiu aos insulares confirmarem a promoção. Até esse momento, a desvantagem da equipa de Viseu em Freamunde colocava na I Liga o Desportivo de Chaves, que bateu em casa a Oliveirense, por 2-0.

A felicidade do União mesmo ao cair do pano foi comemorada com grande euforia no campo do Oriental, com a equipa a juntar-se ao Nacional e Marítimo no campeonato principal da próxima temporada. Será a terceira vez que três conjuntos madeirenses competem entre os “grandes”, depois das épocas de 1989-90 e 1990-91. O conjunto unionista somaria cinco épocas na I Liga, acabando por descer definitivamente em 1994-95, permanecendo nos escalões secundários durante duas décadas.

Estreia absoluta será a do Clube Desportivo de Tondela, fundado a 6 de Junho de 1933. O conjunto orientado por Quim Machado chegou a ter uma vantagem relativamente confortável no comando da II Liga, mas acabou por facilitar neste final de temporada, com três empates e duas derrotas nas últimas cinco partidas. Mesmo assim, chegou à derradeira jornada com três pontos de avanço sobre o grupo dos segundos classificados e apenas uma conjugação muito aziaga de resultados impediria a promoção: a sua derrota, aliada à derrota do União e às vitórias do Chaves e do Covilhã.

O Freamunde até facilitou a tarefa do Tondela, que ficou em vantagem numérica logo a partir dos 11’, face à expulsão de Mesquita por acumulação de cartões amarelos, mas a turma beirã não soube aproveitar. Pelo contrário, apanhou um valente susto com um golo de Ansumane, aos 69’, que colocava em vantagem a equipa da casa. Já depois de outro jogador do Freamunde ter sido expulso (Huguinho) em cima do final do encontro, o Tondela acabaria por empatar. Um golo que foi fundamental para festejar o título, com um ponto de vantagem sobre os mais directos perseguidores.

A festa foi rija para os cerca de mil adeptos da equipa que viajaram para Freamunde em nove autocarros (quase um quarto dos 4,5 mil habitantes de Tondela), que comemoraram o feito inédito com os jogadores, técnicos e dirigentes. “Foi com sacrifício brutal que o Tondela conseguiu este objectivo. Agora, o discurso terá que mudar e a manutenção [na I Liga] é um sonho. Não vale a pena pensar algo mais, senão será suicídio. Vamos aprender, temos muito que aprender”, explicou no final do encontro Gilberto Coimbra, que conduziu o clube nos últimos anos desde as divisões inferiores até ao topo do futebol nacional.

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