Tomic ainda é o melhor australiano

O tenista de 22 anos vai defrontar Novak Djokovic nos quartos-de-final de Indian Wells.

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Bernard Tomic em Indian Wells JULIAN FINNEY/AFP

Bernard Tomic quer apagar a sua imagem de “bad boy” e avisou no final do ano passado: “Tenho 22 anos, é altura para ter maturidade.” Os resultados neste início de época tem confirmado que o australiano – que aos 15 anos se tornou no mais jovem campeão do Open da Austrália no escalão júnior e, no ano seguinte, se estreou a representar o país na Taça Davis – está determinado. Nos seis torneios que disputou nunca perdeu antes dos quartos-de-final, com excepção do Open australiano em que parou nos "oitavos". A consistência de resultados mantém-se no BNP Paribas Open, onde vai defrontar Novak Djokovic, nos "quartos".

“Está mentalmente mais confiante, mais confortável no court e começa a acreditar cada vez mais. Talvez os sucessos de [Thanasi] Kokkinakis e [Nick] Kyrgios motivaram-no a ser mais sério e trabalhar e o talento está lá, o toque está lá, tem jogo. Vai ser um encontro complicado para mim”, avisou Djokovic.

Melhor australiano no ranking mundial, onde figura no 35.º posto, Tomic soube manter esse estatuto em Indian Wells, quando enfrentou o compatriota Kokkinakis (124.º mundial), quatro anos mais novo,  vencendo, por 6-4, 4-6 e 6-4. “Obviamente que defrontar alguém mais novo não é fácil, havia muitas expectativas e as condições de jogo adaptavam-se bem a ele. Olhando para quando eu tinha 18, 19, eu jogava assim”, disse Tomic, que colocou 74% de primeiros serviços, mas precisou de três match-points antes de assegurar a estreia nos "quartos" de um torneio Masters 1000.

Djokovic também está confiante, depois de ultrapassar o grande (2,08m) John Isner com quem já tinha perdido em Indian Wells. Mas, pelo segundo ano consecutivo, Djokovic impôs-se: 6-4, 7-6 (7/5). “Ao longo do encontro, foi muito difícil quebrá-lo, mas fiz um grande jogo a 3-3 e isso valeu-me o set. Depois disso, realmente, qualquer um podia ganhar. O segundo set durou mais de 60 minutos e para o fim, estávamos ambos muito tensos e sinto-me muito afortunado por seguir em frente”, admitiu o líder do ranking. Isner, por seu lado, sofreu a 11.ª derrota consecutiva diante de um "top-10".

Entretanto, Roger Federer chegou às 50 vitórias no BNP Paribas Open na quarta-feira, ao eliminar o norte-americano de 22 anos, Jack Sock (58.º), por 6-3, 6-2, em 69 minutos. “Estive óptimo a servir e também respondi muito bem. Isso deu-me a oportunidade de manter-me no encontro”, disse o suíço, que lidou bem com as condições mais frescas e ventosas.

Nos quartos-de-final, Federer tem de defrontar Tomas Berdych, a quem derrotou em 12 dos 18 duelos. “Não sei quando é que jogámos pela primeira vez, mas tenho visto o seu jogo evoluir e como se fixou no "top-10". Provavelmente, agora com a sua nova equipa, sente-se empenhado para tentar coisas novas e talvez lhe dê uma energia extra”, lembrou Federer.

Berdych (9.º) continua sem perder com um compatriota nos últimos nove anos e eliminou Lukas Rosol (30.º), por 6-2, 4-6 e 6-4.

Rafael Nadal (3.º) também não teve problemas para ultrapassar Gilles Simon (14.º), como mostram os parciais de 6-2, 6-4.

No torneio feminino, Serena Williams (1.ª) vai discutir com Simona Halep (3.ª) um lugar na final.

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