Tiago Cruz soma sétimo título do ano

Foi no Masters da PGA Portugal, após duelo com João Carlota no Bom Sucesso

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Tiago Cruz com o troféu, tendo Pedro Portugal, do Bom Sucesso, a seu lado / © RICARDO LOPES

Tiago Cruz ganhou hoje o seu terceiro título do ano no PGA Portugal Tour de 2015, no regresso do Masters da PGA de Portugal ao calendário do circuito profissional português. 

O torneio que “reúne os melhores do ano neste circuito”, como referiu José Correia, o presidente da PGA de Portugal, distribuiu 6 mil euros em prémios monetários, não se disputava desde 2007 e renasceu no Guardian Bom Sucesso Golf, em Óbidos. 

Ao cabo de dois dias de prova, sem chuva, com algum frio e vento, e o campo em boas condições, Tiago Cruz foi o que melhor se adaptou aos greens rápidos, batendo por 2 pancadas o seu companheiro do Team Portugal, João Carlota. 

Tiago Cruz, de 32 anos, totalizou 138 pancadas, 6 abaixo do par, assinando cartões de 68 e 70, enquanto João Carlota, de 26 anos, somou 140 (-4), com voltas de 71 e 69. O final de volta foi emocionante com os dois jogadores empatados a fazerem bogey no buraco 17 e tudo a decidir-se devido ao duplo bogey de Carlota no 18. 

Foram os únicos jogadores a baterem o par-72 do campo em cada um dos dois dias e também os únicos a fecharem a prova abaixo do Par. 

Hugo Santos, o 3.º classificado, que foi o melhor neste torneio em 2001, quando ainda era amador, arrebatou o 3.º lugar graças a uma última volta de 71 (-1), mas no agregado apresentou 145 (+1). 

Foi o sétimo título de 2015 de Tiago Cruz, que terminou, naturalmente, a temporada como o n.º 1 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal pelo segundo ano seguido. 

No PGA Portugal Tour venceu também pelo segundo ano consecutivo o Campeonato Nacional Solverde, foi bem sucedido no Open Pro-Am da Ilha Terceira e neste PGA Portugal Masters Final. 

No Algarve Pro Golf Tour triunfou em três torneios: um no 2.º Morgado Classic (em 2015, mas ainda referente à época transata) e nas duas últimas semanas no 1.º Espiche Classic e no 2.º Palmares Classic. 

E o profissional do BIG ainda foi o esmagador campeão da 1ª Taça Ibérica, sancionada pelas PGA’s de Portugal e Espanha. 

Tiago Cruz e João Carlota têm desenvolvido uma interessante rivalidade nos últimos três meses. Carlota ganhou dois torneios este ano no PGA Portugal Tour, o último dos quais há um mês no Açores PGA Open. E no Algarve Pro Golf Tour, embora ainda não tenha ganho nenhum torneio, leva três top-10 seguidos. 

Recorde-se ainda que, no Campeonato Nacional Solverde, Carlota terminou em 2.º, empatado com Ricardo Melo Gouveia. 

O regresso do PGA Portugal Masters implica que seja este torneio a fechar de novo a época de eventos da categoria “Open”, sendo o último a contar para a Ordem de Mérito da PGA de Portugal. 

Amanhã (Sábado), a partir das 09h00, irá disputar-se o Guardian Bom Sucesso Pro-Am, com saídas em shot-gun

No entanto, o calendário competitivo da PGA de Portugal de 2015 ainda não terminou. 

Há ainda dois eventos importantes, embora não atribuam pontos para a Ordem de Mérito: a Final do PGA Portugal Pro-Am Series, também no Guardian Bom Sucesso Golf, a 28 de novembro; e a Taça Manuel Agrellos, a “Ryder Cup à portuguesa”, entre as seleções nacionais de amadores e profissionais, no Montado Hotel & Golf Resort, a 17 e 18 de dezembro. 

Declarações de Tiago Cruz 

“Estou muito satisfeito, tenho vindo a jogar muito bem neste último mês, tenho ganho vários torneios, acho que este torneio deu-me uma vitória merecida, porque joguei bem e mostra que tenho vindo a fazer um bom trabalho com o meu treinador Luís Barroso. 

“Hoje os primeiros nove buracos não me correram tão bem, o João Carlota, pelo contrário, esteve sempre muito bem, a completá-los com -4 em cada um dos dois dias, mas eu não me irritei, não me mostrei preocupado, continuei a jogar e dei a volta por cima. 

“Há muitos buracos para se fazer birdie, mas é preciso paciência. Mais tarde ou mais cedo irão aparecer e foi isso que fiz. 

“No 17, quando estávamos empatados, dei um mau shot e fui para fora, e sim, poderia ter perdido ali o título, mas o João também deu um mau shot. A minha bola estava fora, a dele estava dentro… pensei que poderia sair daquele buraco a perder por 1 pancada e perder o campeonato, mas ele dropou e não teve um bom segundo shot. Senti que tinha de arriscar, joguei uma madeira 3 para o green que saiu-me bem e com isso consegui empatar o buraco com ele. 

“Continuámos empatados e depois no 18 ele teve uma má saída para dentro da regueira que o prejudicou e eu fui mais feliz nesse buraco. 

“Só tinha jogado um ano o Masters da PGA de Portugal e, nesse sentido, quero dar os parabéns ao José Correia pelo trabalho que tem feito porque, para nós, profissionais, é importantíssimo podermos jogar várias competições. Estamos contentes que ele seja o nosso presidente. 

“Foi uma época bastante positiva no PGA Portugal Tour, fui muito regular, ganhei 3 torneios, tive alguns 2.ºs e 3.ºs lugares e por isso venci a Ordem de Mérito que era um dos objetivos que tinha para este ano. 

“Este foi o melhor ano que tive desde que me tornei profissional. Em termos de vitórias, 7, não me lembro de outro igual. Também fiz bons resultados, mas foi pena não ter chegado à fase Final da Escola de Qualificação do European Tour, porque era um grande objetivo meu, mas não se pode ter tudo e nem posso dizer que tenha sido por 1 pancada pois ainda fui a play-off na Segunda Fase da Escola." 

Declarações de João Carlota 

“Senti-me a jogar bem nos dois dias, tive bons buracos, bons resultados, mas fui traído mesmo no final da prova. 

“Hoje e ontem tive um bom front nine (-8 nos dois dias) e senti-me bem. Já nos segundos nove, ontem perdi um bocadinho de ritmo. 

“Hoje continuei a dar boas pancadas, sempre a acreditar que poderia ganhar, nunca estive à frente isolado, mas estive muito tempo empatado com o Tiago na frente, só que no 17 não soube aproveitar o mau shot de saída do Tiago. Mesmo assim acho que tomei a melhor decisão de dropar a bola porque não tinha movimento para trás. No final até foi um bom bogey no 17. 

"Pena foi o duplo bogey no último, mas o golfe é assim mesmo. Dei um mau shot que me penalizou muito. A bola ficou “ovo estrelado”, dentro de água mas ainda na relva e como o terreno estava mole pensei que poderia tirá-la dali e tentei jogar como se fosse um shot do bunker, mas a bola não saiu como eu pensava. 

“Há muita gente que não gosta desta saída do 18 porque julgam difícil, mas para mim, que bato comprido, tiro de jogo bem as árvores do lado esquerdo e a regueira. Com um drive normal passo a regueira, mesmo com vento contra. Mas hoje bati na bola com a ponta do taco, no dente, como costumo dizer e a bola levantou muito e ficou curta. 

“Sim, estamos com uma rivalidade saudável. O Tiago é um bom jogador, é sempre bom jogar contra ele e ele contra mim. É emocionante e espero que ambos possamos ter uma boa próxima época no Challenge Tour e que consigamos o cartão para no ano a seguir podermos jogar a época inteira no Challenge Tour, ou então, quem sabe, no European Tour. Acho que estamos os dois no bom caminho para que esses objetivos se concretizem.” 

Classificações, resultados e prémios 

Os principais resultados, classificações e prémios monetários do PGA Portugal Masters Final, após 36 buracos ao Guardian Bom Sucesso Golf, foram os seguintes: 

1º Tiago Cruz (BiG), 138 (68+70), -6, €1000,00.

2º João Carlota (Portugal Golf Team), 140 (71+69), -4, €800,00.

3º Hugo Santos (Algarve Unique Properties), 145 (74+71), +1, €700,00.

4º João Ramos (Wilson Staff), 147 (73+74), +3, €600,00.

5º António Sobrinho (Nike Golf), 148 (76+72), +4, €525,00.

5º Tomas Silva (Club de Golf do Estoril), 148 (74+74), +4, Amador.

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