Superbactéria encontrada nas águas próximas do palco da vela nos Jogos do Rio

Preocupação por causa da poluição na Baía de Guanabara.

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Imagem da Baía de Guanabara no final de Julho AFP
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A competição de vela nos Jogos Olímpicos de 2016 volta a estar na discussão e, mais uma vez, não pelos melhores motivos. Depois de em Agosto os atletas se terem queixado da poluição e dos detritos, agora surge a notícia de que foram encontradas bactérias resistentes a antibióticos em vários pontos do Rio Carioca, que desagua na Baía de Guanabara, o palco programado para as provas de vela nos Jogos do Rio de Janeiro.

“Mais comummente detectadas no ambiente hospitalar, as bactérias produtoras da enzima KPC foram identificadas em amostras de água colectadas em três pontos na Zona Sul da cidade”, lê-se num comunicado do Instituto Oswaldo Cruz.

Não há, até agora, registo de qualquer caso de contaminação, mas os investigadores alertam para a necessidade de tomar medidas.

Segundo o Instituto Oswaldo Cruz, as doenças que estas bactérias poderão originar não são mais graves do que as provocadas por outros microorganismos, mas deverão exigir antibióticos mais fortes. “O problema é que, no caso de uma eventual infecção, é possível que o tratamento exija uma abordagem de internamento hospitalar”, explicou a microbiologista Ana Paula Assef.

A Baía de Guanabara está muito poluída. A candidatura carioca aos Jogos Olímpicos prometeu reduzir a poluição em 80%, meta que o prefeito da cidade, Eduardo Paes, já admitiu que não será cumprida.

Em Agosto, quando foi realizado um teste-evento oficial no local para onde estão agendadas as competições de vela e windsurf, a Federação Internacional de Vela revelou que vários atletas se queixaram de bater com as suas embarcações em detritos, que incluíram animais mortos e sofás.

Na altura, a organização dos Jogos de 2016 desdramatizou as críticas e disse que as águas estavam de acordo com os critérios internacionais para competição.

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