Stanislas Wawrinka derrota Roger Federer e já é o melhor do ano

Depois do triunfo na Austrália, o número três do ranking voltou a conquistar um grande título em Monte Carlo.

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Wawrinka feliz com o seu primeiro triunfo num Masters 1000 Jean Christophe Magnenet/AFP

Roger Federer pode ser considerado o melhor tenista de sempre, mas a final do Monte-Carlo Rolex Masters deste domingo não deixou dúvidas sobre quem é o melhor tenista suíço da actualidade. Para um jogador que passou anos na sombra de Federer, a vitória de Stanislas Wawrinka sobre o seu compatriota e ídolo representou muito: confirmou o título do Grand Slam obtido na Austrália, estreou-se no palmarés dos Masters 1000 e elevou para 6-0 a conta-corrente do ano com adversários do top 10. E Wawrinka vai chegar ao Portugal Open no primeiro lugar da Corrida para Londres – o ranking que contabiliza os resultados em 2014.

“É sempre especial defrontar Roger. É o meu melhor amigo no circuito e respeitamo-nos muito. Durante o encontro, tentámos tudo para vencer. Vejo que, quando estou lá mentalmente e a lutar, posso vencer qualquer jogador. Estou muito contente por, depois de ganhar o meu primeiro Grand Slam, vencer um Masters 1000 tão depressa”, afirmou Wawrinka, vencedor com os parciais de 4-6, 7-6 (7/4) e 6-2.

Apoiado pelas 11 vitórias consecutivas sobre o adversário, Federer entrou mais solto e com o break para 4-3, decidiu o set inicial, em que só somou cinco winners (contra 11 do adversário) mas cometeu menos erros (12-17).

Mas Wawrinka entrou melhor no segundo set e conseguiu quebrar o compatriota pela primeira vez, mas de imediato cedeu o serviço em branco. No tie-break, Wawrinka obteve um mini-break (2/0) e, sem cometer erros, chegou a 6/3. Federer salvou os dois primeiros set-points com o serviço, mas na terceira oportunidade, o número três concluiu a partida.

Ao contrário dos anos anteriores em que também ganhou um set, esta partida significou para Wawrinka um ponto de viragem. Abriu o set decisivo com um break e assumiu completamente o controlo do encontro. O suíço de ascendência polaca estava por todo o lado e com uma agressividade e precisão que fez lembrar o compatriota nos seus melhores dias, somou um segundo break e, ao confirmar para 4-0, sentenciou o encontro.

“Foi uma daquelas finais que poderia ter ganho, mas Stan foi mais duro no fim. Não joguei um mau tie-break, mas também não consegui comandar quando as coisas me estavam a correr melhor. Mas estou contente por a época de terra batida ter começado tão bem para mim”, admitiu Federer.

Depois de, em Janeiro, ter sido primeiro a interromper o domínio de Radael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray e Federer nos torneios do Grand Slam, Wawrinka foi apenas o segundo tenista fora do Big Four a triunfar nos 30 últimos Masters 1000. Poderá ele tornar-se no primeiro jogador desde 1992 a ganhar na Austrália e Roland Garros? Numa conhecida casa de apostas, as probabilidades de triunfo de Wawrinka em Paris passaram de 16/1 para 10/1…

Esta semana, o circuito de terra batida passa por Barcelona, onde João Sousa (39.º) joga nesta segunda-feira à tarde com o australiano Marinko Matosevic (66.º).

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