“Leão” esfomeado devorou em Alvalade um doce chamado Estoril

Golos de Bas Dost, que bisou no encontro, de Coates e André materializaram o total domínio ?do Sporting, que volta ao topo da classificação e espera pela resposta do Benfica.

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Depois das emoções fortes em Madrid e em Vila do Conde, que culminaram com duas derrotas frente ao Real e ao Rio Ave, o Sporting recebeu em Alvalade um “doce” chamado Estoril e regressou ao trilho das vitórias. Tudo com muita tranquilidade e simplicidade, que não ficou totalmente patente nos 4-2 finais, face ao total domínio dos lisboetas, que voltaram ao comando do campeonato, à condição, assumindo também o estatuto de equipa mais concretizadora da prova, com 13 golos.

Depois da péssima impressão deixada em Vila do Conde, o Sporting subiu ao relvado de Alvalade determinado em provar que o desaire da última jornada foi um acidente de percurso. Bastante concentrada, a equipa lisboeta integrou, sem sobressaltos, as quatro alterações que Jorge Jesus promoveu no “onze” titular, com destaque para o renovado flanco esquerdo, o elo mais fraco no confronto com o Rio Ave. Jefferson e Bryan Ruiz renderam Bruno César e Joel Campbell, com nítidas melhoras, principalmente no capítulo defensivo.

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Mas também não foi necessária grande aplicação, já que o Estoril apenas deu um ar da sua graça nos primeiros instantes da primeira parte, antes de se remeter aplicadamente ao seu meio campo, face à crescente pressão da equipa da casa. Se o lado esquerdo dos “leões” pareceu sempre mais contido, valendo apenas as derivações de Bryan Ruiz para o centro do terreno para criar desequilíbrios ofensivos — como ficou patente no primeiro golo —, já o corredor contrário fabricava os principais lances de perigo da primeira metade.

E foi precisamente deste lado que saiu o cruzamento de Gelson Martins para o cabeceamento de Bas Dost, em mergulho, para o fundo das redes, aos 13’, após uma jogada desenhada pelo costa-riquenho Ruiz. O golo trouxe mais tranquilidade ao conjunto da capital, que procurou, de imediato, tirar mais proveito desta boa fase na partida, carregando sobre o adversário, cada vez mais remetido aos limites da sua área.

O intenso domínio não se traduziu exactamente em jogadas de grande perigo, exceptuando uma grande oportunidade desperdiçada por Bryan Ruiz, aos 29’. Já o Estoril parecia mais determinado em sair do primeiro tempo com a desvantagem mínima do que procurar qualquer tipo de reacção ofensiva, muito por mérito “leonino”, que bloqueava à nascença qualquer tentativa de construção da equipa “canarinha”, por tímida que fosse.

A tendência da partida não sofreu alterações na segunda metade, apesar do Sporting ter baixado alguma intensidade. A curta vantagem não era tranquilizadora em Alvalade, mas, aos 59’, na sequência de um canto de Bryan Ruiz, o defesa central Coates apontou o segundo, também de cabeça, trazendo mais justiça aos acontecimentos no relvado.

O Estoril procurou finalmente acordar, estendendo-se mais no relvado e sofreu, quase de imediato, as consequências, quando William Carvalho desmarcou Bas Dost, para o ponta-de-lança bisar na partida com um remate de pé direito. Um triunfo sem espinhas, ampliado por André nos descontos, que nem foi manchado pelos dois golos dos visitantes, (Bruno Gomes, aos 84’e 90’), e que até foi escasso face ao abismo que separou as duas equipas.

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