Sporting mostrou estar preparado para o derby

Os “leões” deram a volta ao marcador frente ao Arouca no jogo que antecede a recepção ao Benfica.

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Montero marcou o primeiro golo do Sporting em Arouca Francisco Leong/AFP

Se alguém quisesse escolher uma forma de uma equipa mostrar que está pronta para um desafio exigente, como o de defrontar o líder do campeonato num derby histórico que pode mexer com o status quo no topo da classificação, o que sucedeu neste domingo em Arouca era uma das hipóteses. Uma semana antes de receber no seu estádio o Benfica, campeão e líder da prova, o Sporting venceu o Arouca por 3-1, dando a volta ao resultado e provando que está preparado.

É certo que o Arouca até tinha mais derrotas do que vitórias no seu estádio nesta Liga. E que nunca derrotou um dos chamados “grandes” do futebol português. E também é verdade que os arouquenses ocupam os lugares do fundo da classificação. Mas o Sporting, que teve que jogar sem os influentes Nani e Jefferson (castigados), foi capaz de resolver um encontro em que o futebol mais físico que se jogou não era propriamente aquele em que se sente mais confortável. Ainda por cima, viu-se em desvantagem no marcador, conseguindo reagir também a essa contrariedade.

No final, os “leões” somaram o sexto triunfo consecutivo na I Liga, igualando o melhor ciclo de vitórias obtido no ano passado e provaram que estão prontos para o derby.  

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A bola foi muito disputada nos primeiros minutos do encontro. Com o relvado irregular devido à chuva que ia caindo, o que dificultava a prática de um futebol fluído, as equipas apostaram nos passes longos, fossem pelo ar, fossem mais junto ao solo. Os duelos entre os jogadores eram frequentes e nenhuma das equipas virou a cara a este futebol mais de luta do que de virtuosismo.

Junto às balizas, um lance de golo para cada lado neste período. Primeiro para o Sporting, com Montero a rematar às redes laterais da baliza do Arouca, depois para os homens da casa num disparo de Rui Sampaio.

Equilíbrio que, muito ligeiramente, se foi dissipando, já que o Sporting foi ganhando algum ascendente. O Arouca preferiu ceder parte do seu meio-campo ao adversário para concentrar as suas forças na zona pouco à frente da sua grande área.

O jogo estremeceu num lance de contra-ataque, que o Arouca sempre que pôde construiu. O cruzamento de Pintassilgo foi interceptado pela mão de Tobias Figueiredo na área “leonina”. Penálti que David Simão converteu, colocando o Arouca em vantagem.

O Sporting não tremeu. Preferiu acelerar, tal como fez Carlos Mané que, numa arrancada, ofereceu o golo a Montero, que não desperdiçou e levou o jogo para intervalo tal como tinha começado.

O segundo tempo mostrou as duas equipas a jogarem da mesma forma, mas um lance infeliz do árbitro Jorge Ferreira, que interceptou um passe dos jogadores do Arouca no meio-campo, ofereceu a bola aos “leões” que aproveitaram para chegar à vantagem, depois de mais uma assistência de Mané, desta vez concluída por Carrillo (63’).

O golo deu a serenidade que o Sporting necessitava para manter o jogo na sua mão, agora já sem a pressão de ter que chegar à vantagem mas apenas com a responsabilidade de o controlar. E melhor ficou quando, após um canto, Tobias Figueiredo cabeceou com sucesso e dilatou a vantagem, sentenciando uma partida que, até ao seu final ainda viu Jonatham Silva ser expulso por acumulação de amarelos, deixando os lisboetas a jogar em inferioridade numérica no período de descontos.

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