Sporting aproveita desaire do Benfica e volta a isolar-se

“Leões” começaram a construir o triunfo na Madeira aos 3’ e ampliaram a vantagem na segunda parte, numa partida onde os insulares foram pouco mais que inofensivos.

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Slimani abriu o caminho para o triunfo do Sporting RUI SILVA/AFP

Perante a oportunidade de voltar a isolar-se no comando do campeonato, o Sporting não se fez rogado e goleou, neste sábado, o Nacional, na Madeira, por 4-0. Um triunfo categórico que aproveitou da melhor forma a derrota do Benfica no clássico do Estádio da Luz, na véspera. Os “leões” têm agora uma vantagem de três pontos sobre os “encarnados”, mantendo os seis de diferença para o FC Porto.

No mesmo Estádio da Madeira onde a equipa de Jorge Jesus escorregara em Dezembro, frente ao União, na sua única derrota na Liga, os visitantes não facilitaram desta vez e chegaram à vantagem logo aos 3’, na sequência de um canto cobrado por João Mário, que Slimani desviou de cabeça para as redes nacionalistas. O golo tranquilizou o Sporting, que controlou o resto da partida sem sobressaltos, construindo a goleada na segunda parte, perante um adversário macio e com escassos argumentos para contrariar a tendência do encontro.

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Os “leões” comprovaram também a eficácia nas partidas fora de Alvalade esta temporada, onde apenas cederam uma derrota e um empate em 11 jogos disputados. Já o Nacional, perdeu pela quinta vez em casa e mantém-se em zona pantanosa da tabela classificativa.

O golo madrugador do Sporting na Madeira não permitiu apurar qual seria exactamente a estratégia que o conjunto de Manuel Machado trazia para esta partida, mas deixou claro que o plano B não era convincente para beliscar o adversário. À clara superioridade no meio-campo, os “leões” aliavam uma boa organização defensiva, apesar dos remendos a que este sector foi obrigado face a várias ausências por lesão.

A par disto, juntava-se a grande mobilidade dos elementos mais adiantados no terreno a baralhar as marcações dos nacionalistas, que foram recuando perigosamente as suas linhas, passando por períodos de grande sufoco ao longo de todo o encontro. Bruno César foi a novidade de Jesus para o meio-campo, mas o brasileiro acabou por estar apenas 35’ no relvado, sendo substituído por Carlos Mané, devido a problemas físicos. Uma troca que se revelou profícua, dando mais velocidade e imprevisibilidade à circulação de bola do Sporting e reforçando o cerco à baliza de Gottardi.

O jovem português desperdiçou uma grande oportunidade de ampliar a vantagem, aos 43’, no mais vistoso lance atacante dos lisboetas, com sucessivas tabelas entre Slimani, João Mário e Carlos Mané, que rematou ao lado da baliza dos insulares. Bonito tinha sido também o golo de Bryan Ruiz, aos 18’, que acabou anulado por um fora-de-jogo inexistente apontado ao costa-riquenho. O árbitro Bruno Paixão haveria de compensar o Sporting na segunda parte, com um penálti igualmente mal assinalado.

Se a vantagem pela margem mínima ao intervalo não espelhava a clara superioridade dos “leões”, o segundo tempo iria expressar mais fielmente esse domínio. Logo aos 51’, uma mão na bola de Rui Correia dentro da área do Nacional, originou o primeiro penálti da partida, que Adrien transformou no segundo golo dos lisboetas.

Sem nada a perder, Manuel Machado arriscou mais, mas sem loucuras, fazendo entrar Nenê Bonilha para o lugar de Ali Ghazal (53’) e refrescando o ataque com Rodrigo Pinho, que rendeu Soares (60’). Mas o desfecho foi o terceiro golo sportinguista, após um mau alívio da defesa do Nacional, aos 63’, que deixou a bola à mercê de Slimani, com o argelino a exceder-se na confiança e a atirar à barra, valendo a recarga de João Mário para bater mais uma vez Gottardi.

Estava tudo resolvido e Jesus aproveitou para dar alguns minutos ao defesa direito Schelotto, que rendeu Marvin, aos 80’. Cinco minutos depois, o italo-argentino foi derrubado por Sequeira ainda fora da área, mas o árbitro assim não o entendeu, apontado de novo para a marca do castigo máximo. Chamado a cobrar, Slimani marcou o seu 18.º golo no campeonato.

Nos derradeiros instantes do encontro, o Nacional criou finalmente perigo junto da baliza de Rui Patrício, em dois lances, mas sem efeitos práticos.

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