Com Jesualdo chegaram as vitórias, mas ainda falta quase tudo o resto

Sporting vence por 1-0 e atira Paços para fora da Taça da Liga. Wolfswinkel marcou o golo do triunfo.

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O holandês Wolfswinkel resolveu a partida Francisco Leong/AFP

Com entrada grátis para sócios com quotas em dia e grátis para acompanhante de sócio, o Estádio de Alvalade teve uma das suas piores (a pior?) casas de sempre: 6157 espectadores. Teria de ser uma promessa de grande espectáculo para um estádio de futebol ter uma razoável assistência numa tarde fria de quarta-feira (e o jogo nem teve transmissão televisiva). O Sporting anda muito longe de ser uma garantia de bom espectáculo ou, sequer, de vitórias, mas ontem, na ronda final da Taça da Liga, os “leões” conseguiram vencer o Paços de Ferreira por 1-0 e Jesualdo Ferreira, chamado de emergência para o banco, lá conseguiu estrear-se com um triunfo, apenas o quinto da temporada.

Não se pode dizer que se tenha visto uma grande mudança de processos neste Sporting em relação ao que tem sido regra nesta época. Jesualdo, contratado para ser manager e nomeado há poucos dias para substituir Franky Vercauteren, ainda não teve tempo para nada. Os “leões” continuam na mesma, sem saber o que fazer no jogo, a deixarem-se dominar, mas a verdade é que, desta vez, conseguiram derrotar uma equipa que tinha vindo a Alvalade no último sábado vencer.

Vitórias foi o que Jesualdo, o quarto treinador da época, pedira anteontem, e foi o que aconteceu. Mas vai precisar de toda a sua experiência para impedir que a equipa se arraste para o que resta da época.

Era a formação orientada por Paulo Fonseca quem estava em Alvalade com mais responsabilidades. As duas vitórias nos dois primeiros jogos colocavam os pacenses em posição privilegiada para seguir em frente na competição, enquanto o Sporting jogava apenas para cumprir calendário. Nem precisavam de ganhar e foi assim que assumiram o jogo, sem pressas, expectantes e confiantes nas fraquezas do adversário.

Para a sua primeira equipa, Jesualdo fez algumas mudanças, recuou Pranjic para defesa-esquerdo e colocou Jeffren a jogar no apoio a Wolsfwinkel, mantendo Adrien e Rinaudo como dupla do meio-campo.

O Paços parecia no controlo, o Sporting estava sem chama e o jogo sem interesse. Dois pontapés na monotonia aos 17’ e aos 19’. Primeiro, Caetano (o melhor do Paços) permite a defesa de Marcelo Boeck e, depois, é Jeffren quem atira ao poste da baliza de Cássio (Adrien falhou a recarga). O resto de primeira parte foi uma enorme monotonia. Assobios e palmas eram em pouca quantidade, porque estava pouca gente no estádio, e os adeptos do Sporting só voltaram a dar sinal de vida quando entrou, aos 56’, mais um jovem das escolas, o médio Zezinho, que foi, de longe, o mais aplaudido.

Com ele e com Labyad em campo, o Sporting pareceu ganhar alguma vida e o Paços ficou menos confortável no jogo. Wolfswinkel testou os reflexos de Cássio aos 87’ com um excelente remate de fora da área e, no minuto seguinte, conseguiu mesmo o golo – um bom cabeceamento após cruzamento de Capel. Foi o suficiente para a estreia vitoriosa de Jesualdo e para o Paços ficar de fora da Taça da Liga.

Ficha de Jogo

Sporting, 1
Paços de Ferreira, 0

Jogo no Estádio José Alvalade, em Lisboa.?

Assistência 6157 espectadores?

Sporting Marcelo Boeck, Cédric, Xandão, Boulahrouz, Pranjic, Rinaudo, Adrien Silva (Zezinho, 57’), Carrillo (Viola, 68’), Jeffren (Labyad, 56’), Capel e Ricky van Wolfswinkel. Treinador Jesualdo Ferreira.?

Paços de Ferreira Cássio, Tony, Tiago Valente, Ricardo, Nuno Santos, André Leão, Vítor, Luiz Carlos, Caetano (Josué, 70’), Hurtado e Jaime Poulson (Cícero, 80’). Treinador Paulo Fonseca.?

Árbitro Paulo Baptista (Portalegre). Amarelos Caetano (43'), Capel (50'), Cédric (65’), Zezinho (70'), Cássio (86')

Golos 1-0 por Wolfswinkel (88')       

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