Sporting marca mais quatro mas Marítimo esteve longe de ser figurante

“Leões” somam 14 golos nas últimas quatro partidas, mas a defesa insiste em pregar partidas a Marco Silva. Maazou bisou em Alvalade e juntou-se a Jackson Martínez e Talisca na liderança dos melhores marcadores.

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João Mário marcou o segundo golo do Sporting Patrícia de Melo Moreira/AFP

O Sporting está sintonizado com o golo. Se há algumas semanas, o treinador Marco Silva lamentava as inúmeras oportunidades desperdiçadas junto das balizas adversárias, a fome redundou em fartura e o “leão” soma 14 golos nas últimas quatro partidas, em todas as provas. Este domingo, marcou mais quatro ao Marítimo, em Alvalade, para a oitava jornada do campeonato, num jogo onde os madeirenses estiveram longe de ser figurantes e até ameaçaram estragar a festa antecipada dos lisboetas.

Sem grande esforço, o Sporting chegou ao intervalo com uma vantagem de 3-0, mas dois golos de rajada do nigeriano Moussa Maazou a abrir o segundo tempo, serenaram a euforia, recordando que a partida estava ainda longe do fim. Os “leões” recompuseram-se, voltaram a acelerar e Montero lá tranquilizou as hostes, apontando o 4-2 final.

O primeiro golo da contabilidade sportinguista foi oferecido de bandeja, logo aos 8’, e descomplicou substancialmente a missão dos homens da casa. Uma precipitação de Patrick Bauer, na ânsia de desviar um cruzamento tenso de Carrillo, acabou dentro da baliza dos madeirenses. Um autogolo de crédito, que os lisboetas só iriam justificar nos minutos seguintes.

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Com Nani a conduzir o jogo ofensivo “leonino” e com um Marítimo demasiado tímido defensivamente, o segundo golo chegou, sem surpresa, em cima dos 15’. Um cruzamento do extremo emprestado pelo Manchester United foi desviado de carrinho por João Mário, que surgiu entre os centrais insulares.

Pouco mais restava aos maritimistas do que subir no terreno, com os consequentes riscos para a sua defesa. A partida tornou-se mais dividida, com lances de perigo em ambas as áreas, mas seria o “leão”, mais uma vez, a impor-se. Aos 41’, o incontornável Nani cobrou um canto que Paulo Oliveira, ao primeiro poste, tratou de cabecear para as redes insulares.

O resultado era pesado para o Marítimo, que nunca baixou os braços, e convidava o Sporting descomprimir na segunda metade, até porque Marco Silva repetiu quase toda a equipa (com excepção do lesionado Slimani) que alinhou na Alemanha, a meio da semana, na tensa derrota frente ao Schalke (4-3), para a Liga dos Campeões. Mas os madeirenses tinham outros planos para o reatamento. Em apenas quatro minutos, Maazou apontou dois golos (50’ e 54’), que deixaram muito mal na fotografia a defesa da casa.

O Sporting sentiu o toque e voltou a arregaçar as mangas. Aos 60’, Salin ainda evitou um golo quase certo a Carrilo, mas foi incapaz de estragar o momento da noite a Montero. O colombiano apareceu nas costas dos centrais para receber com o peito um soberbo passe de Adrien e rematou com o pé esquerdo para o 4-2 final.

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