O Sp. Braga derrotou nesta sexta-feira o Moreirense por 3-2, com o golo do triunfo a ser marcado nos instantes finais da partida e com os bracarenses em inferioridade numérica.

A fama de José Peseiro ser um treinador azarado, cujas equipas sofrem golos decisivos nos derradeiros minutos dos encontros que disputam sofreu nesta sexta-feira um forte abalo. Isto porque foi com um golo nos instantes finais da partida contra o Moreirense, apontado por um avançado que o técnico tinha acabado de lançar no jogo, que o Sporting de Braga assegurou a vitória que lhe permite manter-se na luta pelo terceiro lugar, o último que dá acesso à Liga dos Campeões.

Os bracarenses pareciam ter o jogo na mão quando chegaram ao intervalo a vencer por 2-0 no terreno do adversário, uma equipa que luta cada vez de forma mais desesperada por fugir aos lugares que dão direito à despromoção. Os golos de Carlão e Santos davam uma vantagem confortável para o segundo tempo. Só que o Moreirense não se deu por derrotado, regressando dos balneários com uma atitude mais desinibida e desafiadora. Fábio Espinho e Ghilas empataram o resultado, com o golo do avançado franco-argelino a merecer destaque — um pontapé de bicicleta no interior da área bracarense, ainda que beneficiando da passividade da defesa adversária.

Se as coisas estava a correr muito mal para o Sp. Braga, pior ficaram quando Ruben Micael foi expulso, deixando a sua equipa em inferioridade numérica para o resto do encontro. Até que, a poucos minutos do apito final, e poucos segundos depois de ter entrado em campo, o cabo-verdiano Zé Luís marca na primeira vez que tocou na bola, assegurando um triunfo sofrido mas merecido por parte dos bracarenses.

No final, Peseiro considerou o triunfo justo. “Merecemos o resultado, fundamentalmente pelo que fizemos na primeira parte e pelo que fizemos quando já estávamos com dez”, afirmou. Já Augusto Inácio, técnico do Moreirense, deixou acusações no ar: “O terceiro golo do Sp. Braga é muito mais do que um golo infantil. Têm de descobrir porquê e o que houve ali...” Sobre a luta pela manutenção, Inácio confessou: “Estamos com o coração nas mãos. Já não estamos a depender de nós. Mas, se perguntam se acredito, eu digo que acredito”.