O Sporting de Braga empatou neste sábado com o Lille, 1-1, em jogo particular que serviu de apresentação aos seus sócios e adeptos e que mostrou que Paulo Fonseca tem ainda muito trabalho pela frente.

O Sp. Braga surgiu em campo apenas com um reforço no "onze", o ponta-de-lança Rodrigo Pinho, e com dois jogadores que subiram da equipa B, Vukcevic e Fábio Martins, mas o novo esquema, o 4-4-2, a táctica de eleição de Paulo Fonseca, precisa ainda de várias afinações e mais rotinas entre os jogadores, que parecem ainda não ter assimilado completamente as ideias do técnico.

Notou-se ainda um défice de criatividade e agressividade no meio-campo e ataque bracarense, o que foi aproveitado desde cedo pelo Lille, equipa do primeiro escalão do futebol francês, para assumir o controlo do jogo nos primeiros minutos.

Contudo, a primeira clara situação de perigo pertenceu ao Sp. Braga, com Rodrigo Pinho a rematar com espontaneidade, de pé esquerdo, obrigando Eneyama a uma defesa difícil para canto (16').

Os "arsenalistas" já tinham equilibrado a partida quando Santos, aos 28 minutos, após um canto da esquerda, esteve perto de inaugurar o marcador, mas o guarda-redes francês defendeu primeiro com as mãos e depois com o pé, perante a ameaça de recarga.

Um minuto depois, perdida incrível de André Pinto depois de um primeiro amortecimento de cabeça de Fábio Martins, na sequência de um livre: sem oposição e com tudo para marcar, o defesa central rematou muito mal, por alto.

A tendência bracarense acentuou-se na segunda parte e deu frutos aos 54 minutos: lançamento de Baiano para Rafa, assistência para Rodrigo Pinho e golo do ponta de lança brasileiro que deixou boas indicações e, dois minutos depois, podia ter feito o segundo, mas o remate saiu ao lado.

Mas o Lille reagiu e aproveitando o muito espaço concedido pelo lado esquerdo do Sporting de Braga chegou ao empate por Boufal, um grande golo da estrela da companhia dos gauleses (69').

O jogo foi ressentindo-se das muitas substituições realizadas pelos treinadores de ambas as equipas (Paulo Fonseca fez 11) e até ao final predominou o equilíbrio e o futebol de pouca qualidade.