Sousa e Elias também prometem juntos

Dupla portuguesa foi eliminada pelos favoritos Murray/Soares. Djokovic avançou para a 3.ª ronda do Open dos EUA sem jogar.

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João Sousa falhou o acesso àquela que seria a sua primeira final ATP TOBY MELVILLE/REUTERS

João Sousa e Gastão Elias mostraram que não são só dois excelentes tenistas individualmente, mas que também formam uma óptima dupla. Na primeira eliminatória do Open dos EUA, o par português enfrentou dois top 10 do ranking individual da variante, Jamie Murray e Bruno Soares, mas jogou de igual para igual e só cedeu no final do último set, após duas horas e meia de grande ténis.

Sousa e Elias não entraram bem e viram os actuais campeões do Open da Austrália obter um break cedo, o que lhes custou o set inicial. Mas, na segunda partida, a dupla lusa acreditou mais, diminuiu o número de erros directos e adiantou-se com um break para 4-2. Sousa e Elias não aproveitaram um game-point para 5-2 nem um set-point, a 6-5. Mas fizeram a diferença no tie-break, que lideraram por 4-2, antes de concluírem com mais um mini-break.

No terceiro set, o nível foi muito elevado e só a maior experiência dos quartos cabeças-de-série desequilibrou, quando Sousa serviu a 5-6, 40-15 — a solidez de Soares na rede acabou por valer-lhe a vitória, por 6-3, 6-7 (3/7) e 7-5.

Na noite de terça-feira, o irmão de Jamie, Andy, estreou-se com uma exibição muito consistente que lhe permitiu eliminar o checo Lukas Rosol (81.º), por 6-3, 6-2 e 6-2. “Foi um começo de encontro difícil mas, depois de ter um break de vantagem, comecei a descontrair e joguei bem. Não enfrentei quaisquer break-points e também variei bem o segundo serviço”, resumiu o número dois do ranking, autor de 11 ases e somente 17 erros não forçados.

A jogar sob a bandeira britânica, Aljaz Bedene (77.º) foi eliminado por Nick Kyrgios (16.º), com um triplo 6-4. O australiano de 21 anos não saiu do court sem causar alguma controvérsia, já que recusou cumprimentar o árbitro.

Fabio Fognini (38.º) foi mais longe e afirmou que o Open dos EUA é o pior dos quatro torneios do Grand Slam. O italiano recuperou de 0-2 em sets frente ao russo Teimuraz Gabishvili (105.º) para vencer, por 6-7 (9/11), 3-6, 7-6 (7/5), 7-5 e 6-4, ao fim de 4h47m. Pelo meio, perdeu um ponto por decisão do árbitro, depois de tirar os óculos de sol a um juiz-de-linha, o que explicou ser uma brincadeira.

Cinco sets foi igualmente de quanto precisou Dominic Thiem (10.º) para ultrapassar o australiano John Millman (66.º): 6-3, 2-6, 5-7, 6-4, 6-3. O austríaco de 22 anos está no quinto lugar da Corrida para Londres muito perto de garantir um lugar no Masters que encerra a época.

O segundo dia de competição ficou marcado pelo recorde de 61 ases obtido pelo croata de 37 anos Ivo Karlovic (23.º), na vitória, por 4-6, 7-6 (7/4), 6-7 (4/7), 7-6 (7/5) e 7-5, sobre Yen-Hsun Lu (73.º).

Entetanto, Novak Djokovic avançou para a terceira ronda sem jogar, dada a desistência do seu adversário, o checo Jiri Vesely (49.º), que o derrotara no Masters 1000 de Monte Carlo.

As irmãs Williams também foram vedetas no segundo dia. No seu quarto encontro desde que triunfou em Wimbledon, Serena não deu sinais de qualquer problema no ombro direito e dominou a perigosa Ekaterina Makarova (29.ª), com um duplo 6-3.

Venus, de 36 anos e sexta no ranking liderado pela irmã 15 meses mais nova, sobreviveu a 63 erros não forçados para ultrapassar Kateryna Kozlova (93.ª), por 6-2, 5-7 e 6-4.

Já a dinamarquesa Caroline Wozniacki, ex-número um e agora 74.ª, venceu Svetlana Kuznetsova (10.ª), com um duplo 6-4. A russa esteve a ganhar o set inicial por 4-0 e na segunda partida serviu a 4-5, 30-0.

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