Serena Williams voltou a ser feliz em Paris

A tenista norte-americana conquistou o terceiro título em Roland Garros e 20.º no Grand Slam.

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Serena Williams festeja o triunfo GONZALO FUENTES/Reuters

Foi em Maio de 2012 que uma derrota na primeira eliminatória de Roland Garros mudou a vida de Serena Williams. Em vez de regressar aos EUA, a norte-americana recorreu à Academia de Patrick Mouratoglou, em Paris, para reavaliar o seu ténis e começar a preparar o torneio de Wimbledon, algumas semanas depois. Aí começou uma forte ligação, pessoal e profissional, com o treinador francês, que lhe rendeu desde então sete títulos do Grand Slam. Neste sábado, novamente em Paris, conquistou o 20.º major, que a coloca a dois de Steffi Graf e quatro da recordista Margaret Court.

“Ainda estou a celebrar o 19.º, por isso não consigo acreditar que tenho 20. Tudo parece um sonho”, disse Serena, após vencer na final a checa Lucie Safarova (13.ª WTA), por 6-3, 6-7 (2/7) e 6-2. A recuperar de uma gripe, a líder do ranking apostou em pontos curtos para poupar energias. Graças à sua capacidade de fazer winners, a norte-americana foi distanciando-se no marcador, chegando a liderar o segundo set, por 4-1. Foi então que se desconcentrou, cometeu três duplas-faltas para oferecer o break a Safarova que voltou ao encontro. Viu-se então o ténis agressivo e variado da checa. Serena ainda teve mais uma oportunidade quando serviu a 6-5, mas voltou a perder o serviço e, no tie-break, Safarova foi a mais consistente. “Ela começou a jogar como a jogadora que chegou à final”, explicou Serena, responsável por 25 erros nãos forçados nessa partida.

No set decisivo, a checa fez novo break, para 2-0, mas, tal como frente a três adversárias anteriores — Victoria Azarenka comandou por 6-3, 4-2; Sloane Stephens, por 6-1, 5-4; Timea Bacsinszky, por 6-4, 3-2 — Serena reencontrou o seu ténis e, em particular, o seu primeiro serviço e as potentes respostas. Nos seis jogos seguintes, Safarova só venceu seis pontos perante uma adversária que encheu o court, chegando a ganhar um ponto depois de devolver a bola com a mão esquerda.

Com o terceiro título conquistado na terra batida de Paris (venceu em 2002 e 2013), Serena imitou Monica Seles (1991-92), a última a vencer os Opens dos EUA, da Austrália e Roland Garros consecutivamente.

Safarova tem garantida a estreia no “top-10”, entrando para o sétimo lugar, onde se junta à compatriota Petra Kvitova (4.ª), sendo a primeira vez desde 1989 que duas checas figuram entre as 10 primeiras.

Djokovic vs Wawrinka

Foram precisos 61 minutos para Novak Djokovic garantir um lugar na final masculina de hoje (14 horas), onde irá procurar o único título do Grand Slam que lhe falta. A meia-final com Andy Murray tinha sido interrompida na sexta-feira devido à ameaça de uma tempestade, quando disputavam o quarto set (3-6, 3-6, 7-5, 3-3). Murray reentrou no court Philippe Chatrier com a mesma convicção da véspera e, com um break para 6-5, pôde forçar um quinto set.

Djokovic elevou o nível de jogo, entrou um pouco mais no court e foi mais agressivo. Um break logo no segundo jogo recolocou o sérvio no controlo do encontro. Desmoralizado, Murray foi cedendo e Djokovic concluiu a oitava vitória consecutiva sobre o escocês, com os parciais de 6-3, 6-3, 5-7, 5-7 e 6-1.

“Tive muitas oportunidades de terminar em três sets, mas o Andy teve mérito”, disse Djokovic, que espera agora recuperar fisicamente para jogar o seu melhor ténis diante de Wawrinka — em cinco dos últimos seis duelos à melhor de cinco sets, foi necessário uma partida decisiva.

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