A selecção sub-21 portuguesa volta a disputar a final do Europeu deste escalão (em 1994 perdeu para a Itália, no prolongamento, com um “golo de ouro” de Orlandini) e o tom geral é de optimismo. Mas Rui Jorge não quer excessos de confiança e alertou para as qualidades da Suécia, o adversário de terça-feira (19h45, RTP1): “É uma das equipas que já tínhamos estudado em profundidade. Tanto nós como os jogadores sabemos perfeitamente o que vamos encontrar”, frisou o técnico. As duas selecções já se defrontaram na fase de grupos do Euro 2015, com o resultado a ser um empate 1-1.

“A equipa tem estado a fazer as coisas como deve fazer. Está motivada. Acredito que a Suécia pense que somos uma equipa bastante forte – temo-lo demonstrado até aqui”, admitiu Rui Jorge nesta segunda-feira, em conferência de imprensa. “Eles pensam de nós exactamente o que nós pensamos deles. Para atingir uma final do Campeonato da Europa de sub-21 é preciso qualidade. Defrontaremos uma equipa forte e eles vão defrontar uma equipa forte”, acrescentou.

A possibilidade de dar a Portugal o primeiro troféu em sub-21 é uma grande motivação, reconheceu o seleccionador nacional. “É, com certeza, um jogo importantíssimo para mim, enquanto treinador. É o jogo mais mediático e mais difícil de atingir. Nunca vencemos este troféu e ser um dos dois treinadores que o pode disputar, numa final, é um motivo de orgulho e uma responsabilidade também”, indicou Rui Jorge, que deixou elogios aos seus jogadores: “É extremamente gratificante trabalhar com jogadores desta qualidade e com o espírito colectivo que têm demonstrado. A vontade e paixão com que têm encarado todos os jogos é para mim o mais importante. Se amanhã o conseguirem fazer novamente, ficarei extremamente feliz.”

Quanto à possibilidade de alguns passarem a fazer consistentemente parte das opções de Fernando Santos na selecção principal (William Carvalho, João Mário, Rafa Silva, Raphael Guerreiro, Ivan Cavaleiro, Paulo Oliveira, Ricardo Horta e Bernardo Silva já se estrearam pela equipa A), Rui Jorge preferiu não se alongar. “Seria injusto dizer quantos poderão lá estar ou não, isso cabe ao seleccionador principal. Devem aproveitar todas as oportunidades que têm para demonstrar o seu valor e mostrarem que estão preparados para a selecção principal. Alguns deles já fazem regularmente parte do grupo da selecção A. Os sub-21 serão a base da selecção principal e esta equipa não foge a essa regra”, resumiu.

“Esperamos levar a taça para Portugal”, diz Bernardo Silva
Tem sido um dos jogadores mais elogiados da selecção portuguesa e também esteve presente na conferência de imprensa: Bernardo Silva reconheceu que a final do Europeu sub-21 será o jogo mais importante da carreira e disse que o objectivo do grupo é levar o troféu para Portugal.

“Mentalmente não poderíamos estar melhor. Estamos na final de uma competição que é importante para nós e vimos de uma vitória por 5-0 contra uma selecção que é muito forte. Vamos defrontar uma grande equipa, mas estamos preparados”, apontou o futebolista do Mónaco, acrescentando: “Se conseguirmos ganhar vai ser um feito enorme, que nunca foi alcançado por Portugal. Vamos fazer tudo para fazer história, será um marco para contarmos aos nossos filhos e netos. Ainda que não seja uma competição de selecções principais, será um marco se o conseguirmos.”

A final do Euro 2015 é o momento mais importante da carreira de Bernardo Silva, admitiu o próprio. “Se não é o jogo mais importante da minha vida, sem dúvida que é um dos mais importantes. É um jogo que todos sonhamos jogar, uma final de uma competição internacional, em que estamos a representar uma nação. Posso considerar o jogo mais importante da minha carreira até hoje. Esperamos levar a taça para Portugal. Mais do que pressão, é um orgulho. Saber lidar com a pressão é uma coisa boa, obriga-nos a fazer as coisas melhor. É sinal que temos feito um bom trabalho e que as pessoas esperam mais de nós”, realçou.

“A Suécia tem uma grande equipa, com grandes jogadores. Não é só Guidetti. Defensivamente são muito competentes. Vai ser um grande jogo de futebol”, concluiu Bernardo Silva.