Roger Federer ainda impressiona

Kei Nishikori é o próximo "top-10" no caminho do suíço no Open da Austrália.

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Federer festeja o seu triunfo sobre Berdych Reuters/JASON REED

Na antevisão do encontro do seu atleta, Goran Ivanisevic adiantara que Roger Federer não o tinha impressionado muito nas duas rondas já realizadas do Open da Austrália. Não se sabe se o campeão de 17 Grand Slams o ouviu; o que se viu na Rod Laver Arena foi um Federer no melhor da sua forma, a dominar por completo Tomas Berdych, 10.º do ranking, impressionando positivamente aqueles que achavam impossível que o suíço pudesse jogar a este nível, após seis meses sem competir no circuito.

“Foi um grande teste mental para mim, ver que podia estar no encontro, ponto após ponto. É por isso que estou realmente feliz”, revelou Federer, depois de vencer, por 6-2, 6-4 e 6-4. Durante 90 minutos, o suíço de 35 anos assinou 40 winners (incluindo oito ases), ganhou 20 pontos em 23 subidas à rede e não enfrentou quaisquer break-points – mais sintomático ainda: cedeu somente 14 pontos em 14 jogos de serviço.

“Honestamente, não esperava que fosse assim, em especial, com estes parciais e por não ter salvo break-points. Foi uma grande surpresa para mim”, admitiu Federer, que irá discutir um lugar no quartos-de-final com outro "top-10", Kei Nishikori (5.º). “Já esperava jogar bem contra jogadores melhor classificados, porque penso que os conheço mais. Às vezes é mais fácil defrontá-los do que um jogador vindo do qualifying”, disse Federer.

O japonês serviu também a excelente nível para ultrapassar o eslovaco vindo do qualifying, Lukas Lacko (121.º), com um triplo 6-4.

“É sempre óptimo defrontar Roger, é um grande desafio para mim. Estou contente por o defrontar, porque precisamos dele no circuito”, afirmou Nishikori.

No mesmo quarto do quadro está o líder do ranking, Andy Murray, que não mostrou consequências da queda durante o encontro anterior e eliminou Sam Querrey (31.º), por 6-4, 6-2, 6-4. Mais trabalho teve Stan Wawrinka para vencer Victor Troicki (35.º). O campeão de 2014 começou mal, mas a 1-2 do segundo set, ganhou nove jogos consecutivos que o colocaram no domínio do encontro. Só que Wawrinka não conseguiu fechar quando serviu a 5-4 do quarto set e ainda teve de salvar um set-point no tie-break, antes de vencer por 3-6, 6-2, 6-2 e 7-6 (9/7). “Não foi sempre o melhor ténis, mas estou contente por ganhar. As condições estavam difíceis, muito vento, não era fácil jogar bem ou ganhar um bom ritmo”, explicou o suíço.

Angelique Kerber (1.ª), Garbiñe Muguruza (7.ª) e Venus Williams (13.ª) ganharam em dois sets. O encontro feminino da jornada foi protagonizado por duas veteranas de 31 anos: Svetlana Kuznetsova (10.ª) dominou Jelena Jankovic (54.ª) até 6-4, 4-1, mas teve depois de recuperar de 0-3 no terceiro set para ganhar o intenso duelo de três horas e 36 minutos, por 6-4, 5-7 e 9-7.

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