Uma queda gigantesca e uma subida exigente deixaram Froome de amarelo

Ao terceiro dia de Volta à França, já há diferenças que pesam entre os principais candidatos ao triunfo. O português Rui Costa foi ao alcatrão e perdeu mais algum tempo para os da frente.

Vários ciclistas no chão após a queda colectiva
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Vários ciclistas no chão após a queda colectiva ERIC GAILLARD/Reuters
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Fabian Cancellara, que começou a etapa como camisola amarela, foi um dos ciclistas envolvidos nesta queda ERIC GAILLARD/Reuters
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O holandês Laurens ten Dam é assistido após a queda colectiva BENOIT TESSIER/Reuters
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O ciclista alemão Dominik Nerz também se envolveu nesta aparatosa queda BENOIT TESSIER/Reuters
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William Bonnet, ciclista francês, necessitou de receber assistência médica ERIC GAILLARD/Reuters
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O pior que poderia acontecer antes da temível quarta etapa da Volta à França, aconteceu. Uma queda colectiva, que envolveu dezenas de ciclistas a 54 quilómetros da meta, deixou nesta segunda-feira marcas em muitos e torna a tirada desta terça-feira — a mais longa da prova (223,5kms) dos quais algumas dezenas em pavê — um autêntico calvário em especial para aqueles que foram ao chão. Chris Froome foi o grande beneficiado do dia ao terminar no segundo lugar a 3.ª etapa e, dessa forma, conquistar a camisola amarela.

Tendo escapado à enorme queda que partiu o pelotão, Chris Froome fez o que tinha a fazer na grande dificuldade do dia, o muro de Huy (uma subida de 204 metros mas bastante íngreme com a meta instalada no topo e com zonas em que a percentagem de inclinação chega aos 17%). Atacou nos metros finais e só foi batido pelo espanhol Joaquim “Purito” Rodríguez, tendo ficado, ainda assim, com o mesmo tempo do vencedor. O homem que ganhou o Tour de 2013, roubou 11 segundos ao italiano Vincenzo Nibali (vencedor em 2014) e ao colombiano Nairo Quintana. O espanhol Alberto Contador, que ainda acompanhou o britânico até meio da subida, perdeu 18 segundos.

A tirada, contudo, ficou marcada pela queda verificada algumas dezenas de quilómetros antes e que afectou mais de vinte ciclistas, levando mesmo a direcção da corrida a neutralizá-la durante cerca de 20 minutos (decisão praticamente inédita na história recente do Tour). Um dos acidentados foi o camisola amarela. O suíço Fabian Cancellara sofreu ferimentos ligeiros e conseguiu terminar a etapa, o mesmo sucedendo com o português Rui Costa, que sossegou os seus apoiantes escrevendo na rede social Twitter: “Estou com dores na anca e nos joelhos. Algum mal-estar mas não é grave”. Já outros quatro corredores acabaram por abandonar — foram as primeiras desistências desta 102.ª edição do Tour.

No final da tirada, Froome não escondeu a satisfação por vestir de amarelo, embora tenha confessado que não estava à espera de o fazer já: “É uma autêntica surpresa.”

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