Rali de Portugal: Latvala continua a liderar, mas Meeke está ao ataque

Finlandês tem agora 6,1 segundos de vantagem no topo, concluídas que estão as três primeiras especiais deste sábado.

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Latvala perdeu tempo para os perseguidores mais directos nas classificativas da manhã deste sábado AFP/FRANCISCO LEONG

O finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen) continua a liderar o Rali de Portugal, quinta prova do Campeonato do Mundo, mas esteve sob “ataque cerrado” do britânico Kriss Meeke (Citroën) nas três primeiras especiais da jornada deste sábado.

Na primeira classificativa do dia (Baião), sétima do rali, Meeke fez o quarto tempo atrás dos homens da Volkswagen — o norueguês Andreas Mikkelsen, o francês Sébastien Ogier e Latvala —, mas foi o mais rápido nas duas seguintes e recuperou cinco segundos em relação ao líder, colocando-se a 6,1 na geral.

Essa foi precisamente a diferença entre ambos no troço de Fridão, o terceiro do dia e o mais longo do rali (37,67 km), no qual o norte-irlandês, vencedor do Rali da Argentina, acentuou o seu ataque para ameaçar a liderança de Latvala, que justificou parte do atraso com um toque numa pedra a sete quilómetros do final.

O finlandês também viu Mikkelsen, terceiro classificado, reduzir ligeiramente a desvantagem de 16 para 15,3 segundos, antevendo-se luta acesa durante a tarde, em que se repete a passagem nos troços de Baião (PEC-11), Marão (PEC-12) e Fridão (PEC-13), que perfazem a secção mais longa da prova, com 82,7 quilómetros.

"Não me surpreende, tendo em conta que adoptámos uma estratégia de pneus diferente", afirmou Meeke, que optou por rodar com um misto de pneus duros e macios. "Fizemos uma boa escolha, mas devo dizer que estou impressionado com [Sébastien] Ogier", acrescentou o britânico após a conclusão da PEC-10 (nona do rali, após a anulação da PEC-5 na sexta-feira).

Com a mesma escolha de pneus, o francês bicampeão do mundo e líder do Mundial, que tem a desvantagem de ser o primeiro dos prioritários a ir para a estrada, conseguiu saltar da sexta para a quinta posição e encurtou o seu atraso de 25,9 para 19,1 segundos, uma diferença que continua ser significativa, apesar de faltarem seis classificativas para a conclusão da prova.

"Não há aderência suficiente para usar os pneus. Esse é o problema. Não foi a estratégia perfeita, mas ninguém a tem. É uma pena ter apenas um carro à minha frente agora. É quase impossível [recuperar]", disse Ogier, lamentando os abandonos de Elfyn Evans (Ford) e Lorenzo Bertelli (Ford), dois dos retirados da véspera, que hoje partiram à frente, “limpando” a estrada juntamente com Kahlid Al Qassimi (Citroën).

Atrás do francês, o estónio Ott Tanak (Ford), o espanhol Dani Sordo (Hyundai), o norueguês Mads Ostberg (Citroën), segundo classificado do Mundial, e o neozelandês Hayden Paddon (Hyundai) têm vindo progressivamente a perder terreno na mais extensa jornada do rali, com um total de 165,4 km.

O início do dia ficou marcado pelo abandono de Thierry Neuville (Hyundai), que capotou na primeira especial. O belga, nono da geral na sexta-feira e sexto no Mundial, saiu ileso do acidente, mas o carro ficou a bloquear a estrada e teve de ser removido.

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