A vitória (2-0) do Real Madrid sobre o Borussia Dortmund acabou por ser curta para os merengues darem a volta à desvantagem (4-1) que traziam da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões. Pelo terceiro ano consecutivo, o Real Madrid e José Mourinho foram eliminados às portas da final.

A seguir ao encontro, o treinador português admitiu abertamente que poderá não orientar o Real Madrid na próxima época. “Talvez não [continue em Madrid]. Quero estar num sítio onde seja desejado, sem reservas. Onde tenha o apoio das diferentes áreas. Veremos o que se passa até ao fim. Mas o importante é o Real Madrid. Tenho muitos anos, consigo caminhar sozinho. O Real Madrid não se pode preocupar comigo”, disse.

“O importante não é que eu esteja no Real Madrid, mas que o Real Madrid consiga [o décimo título de campeão europeu]. Agora, com três meias-finais consecutivas, o clube recuperou a credibilidade. Mas o Real Madrid não vive de ‘quases’ e eu também não”, acrescentou o treinador. “O Real Madrid tem de voltar a ser campeão europeu. Quando, não sei. Se é comigo, óptimo. Se não, vou celebrar na mesma”, disse.

“Os jogadores deram tudo”, sublinhou ainda Mourinho: “Tivemos oportunidades para marcar muito antes. Se tivéssemos conseguido, haveria mais opções [para a reviravolta]. Quase o conseguimos nos últimos minutos, mas o quase não é nada no futebol”.

“O ambiente foi fantástico, os adeptos acreditaram até ao final e foi pena por eles. Mas não conseguimos”, acrescentou Mourinho, que concluiu com críticas ao árbitro Howard Webb: “É um árbitro fantástico, mas é incrível que não dê o cartão vermelho ao Hummels para que ele jogue a final. Webb tem tanto de bom árbitro como de boa pessoa”.