Portugal procura a vigésima medalha europeia em Praga

Nelson Évora e Patrícia Mamona, no triplo salto, são as principais esperanças portuguesas em chegar a um lugar no pódio dos Campeonatos Europeus em pista coberta.

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Nelson Évora é uma das esperanças portuguesas para a conquista de medalhas FRANCK FIFE/AFP

É com sete atletas que Portugal marca presença na 33.ª edição dos Campeonatos Europeus de Atletismo em pista coberta, uma das mais antigas e prestigiadas competições internacionais e que, a partir desta sexta-feira e até domingo, decorre na República Checa. Uma delegação nacional pequena mas com hipóteses de conquistar medalhas.

Nelson Évora e Patrícia Mamona tentarão obter a 20.ª medalha para Portugal na competição — a última deve-se a Sara Moreira, que há dois anos, em Gotemburgo se sagrou campeã nos 3000m. Num contexto europeu com poucos resultados de grande relevo nos últimos meses e condicionado pelas competições que se avizinham — Mundiais de Pequim em Agosto e Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro a ano e meio de distância — Portugal volta a poder ambicionar regressar à disputa de medalhas, graças aos seus especialistas de triplo salto.

Sara Moreira fez mínimos de participação mas não quis ser seleccionada para Praga para ir correr a maratona de Londres, em Abril. Já os triplistas fazem a sua aposta na República Checa.

Nelson Évora, após um verdadeiro calvário de operações e longos períodos de recuperação, apareceu este início de ano finalmente livre de mazelas e rapidamente chegou a 17,19m nos Campeonatos de Portugal de Pombal, a 22 de Fevereiro, marca que o coloca como o melhor do Velho Continente em 2015. Além dele só o espanhol Pablo Torrijos, com 17,03m, está posicionado esta época acima dos 17 metros e dita a lógica que o português seja o principal candidato ao título, procurando no mínimo uma primeira medalha de sempre em Europeus, sejam ao ar livre ou pista coberta.                                                

Quanto a Patrícia Mamona já ultrapassou também os 14m na vertente feminina do triplo salto, com 14,10m, igualmente em Pombal, a 22 de Fevereiro, mas não está tão bem como Évora na lista europeia, ficando com um 12.º lugar. Mas, de entre as atletas que vão competir em Praga apenas a russa Ekaterina Koneva, líder anual com 14,68, aparece como completamente inacessível.

Os outros elementos da selecção lusa tentarão passar as eliminatórias e as qualificações. No lado masculino, Yazaldes Nascimento (6,70s de recorde pessoal este ano) estará nos 60m planos, João Almeida (7,75s) nos 60m barreiras, e Edi Maia e Diogo Ferreira, ambos com 5,60m, competirão no salto com vara. No lado feminino, será ainda uma terceira triplista na delegação, Susana Costa, quem acompanhará Patrícia Mamona, tendo um melhor resultado de 13,73m que a coloca como 29.ª europeia.

Entretanto, a pré-jornada desta quinta-feira permitiu a disputa das qualificações do peso, tanto para homens como para mulheres, e a do comprimento masculino. A qualificação feminina foi muito pobre e bastaram 18,44m para a húngara Anita Martón obter a melhor marca. O contrário aconteceu com o peso masculino, em que o único favorito, o alemão David Storl, venceu com 21,23m, a três centímetros da sua melhor marca europeia do ano, facto ao qual há a juntar um novo recorde europeu júnior do fenomenal polaco Konrad Bukowiecki, de ainda 17 anos, ao arremessar 20,46m. Dois suecos foram os melhores no comprimento, o esperado Michel Tornéus (7,97m) e Andreas Otterling (7,96m).

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