Eram 11 de cada lado e no final Portugal humilhou a Alemanha

A selecção nacional venceu os germânicos, por 5-0, e na terça-feira defronta a Suécia na final do Europeu de sub-21.

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Bernardo Silva marcou o primeiro golo português Reuters

Os três primeiros jogos mostraram competência e muita sagacidade, mas com o principal objectivo garantido (apuramento para os Jogos Olímpicos), a selecção nacional de sub-21 exibiu finalmente na República Checa todo o seu potencial. Perante a temida Alemanha, Portugal dominou, foi superior e, com justiça, garantiu a presença na final de terça-feira com uma mão-cheia de golos: Bernardo Silva, Ricardo, Ivan Cavaleiro, João Mário e Ricardo Horta. No jogo decisivo, a selecção portuguesa vai defrontar a Suécia, que derrotou a Dinamarca por 4-1.

Mesmo sem ter sido exuberante nas primeiras partidas, Portugal deixou clara à concorrência a valia dos seus trunfos e, apesar de Horst Hrubesch, seleccionador germânico, ter dito na antevisão que a Alemanha não temia ninguém, o respeitinho alemão pelos portugueses ficou claro no “onze” escolhido. Ao contrário de Rui Jorge, que repetiu a equipa que tinha defrontado a Suécia, o germânico mexeu apenas com um objectivo: tentar parar o meio-campo de Portugal.

Ao trocar o médio ofensivo Max Meyer por Johannes Geis, Hrubesch pretendia colocar Bernardo Silva sob vigilância constante, mas o reforço do Schalke não teve arte para impedir o génio do médio do Mónaco que, bem ladeado por Sérgio Oliveira e João Mário, empurrou a Alemanha para o seu meio-campo desde o primeiro minuto.

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Com um caudal ofensivo que não tinha sido visto contra ingleses, italianos e suecos, Portugal realizou uma primeira parte quase perfeita. Sem que a Alemanha conseguisse encontrar antídoto para o domínio português, a formação de Rui Jorge deixou o primeiro aviso aos 15’: assistência de Ricardo para Sérgio Oliveira e remate do capitão português ao poste. A supremacia nacional era clara e bastaram 10 minutos para que se fizesse justiça no marcador. William iniciou a jogada, Ricardo serviu Bernardo Silva e o “10”, com classe, começou a construir a goleada.

Com José Sá a ter até aí uma merecida folga, não foi preciso esperar muito para o marcador voltar a funcionar. Oito minutos depois, Bernardo marcou um canto, Paulo Oliveira desviou e Ricardo empurrou para o fundo da baliza. Com dois golos de desvantagem, a Alemanha tentou reagir, mas Sá voltou a exibir a sua categoria (36’ e 45’). E, no primeiro minuto de descontos da primeira parte, João Mário serviu Ivan Cavaleiro para o 3-0.

Com o apuramento no bolso, Portugal não podia desejar melhor início de segunda parte: 44 segundos após o recomeço, João Mário faz o quarto golo português. Rui Jorge aproveitou para, quase de imediato, dar descanso a Bernardo, mas a goleada seria fechada com três substitutos como protagonistas: Rafa colocou em Cancelo, o defesa do Valência centrou e Ricardo Horta bateu Ter Stegen, guarda-redes do Barcelona, pela quinta vez.

Na outra meia-final, o resultado de 4-1 não reflecte as dificuldades que a Suécia sentiu contra a Dinamarca. Os suecos, no entanto, justificaram o triunfo e, na terça-feira, voltam a estar no caminho de Portugal, depois do empate na fase de grupos.

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