Portugal favorito na recepção a Marrocos

Courts rápidos do Jamor favorecem portugueses

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João Sousa é o principal argumento português frente aos marroquinos KARIM SAHIB/AFP

Pela segunda vez na história da Taça Davis e primeira desde 1998, Portugal escolheu um court rápido para receber a equipa adversária. Será nos campos cobertos do Centro de Alto Rendimento do Jamor que a selecção lusa vai discutir com Marrocos a passagem à segunda eliminatória do Grupo II, zona Europa/África. Contudo, esta superfície não será estranha aos jogadores, pois é quarta eliminatória consecutiva na competição que Portugal realiza em condições rápidas.

“A escolha do piso rápido foi mais a pensar nos nossos jogadores, nos calendários deles, pois têm jogado neste tipo de piso. É um piso em que nos sentimos bem, coberto, mas um pouco lento. O João desde Junho que não joga em terra batida; o Rui e o Frederico vêm de courts rápidos”, explicou Nuno Marques, capitão da selecção portuguesa.

Além do factor casa, Portugal tem enorme favoritismo devido à posição dos seus jogadores na classificação mundial, embora os rankings nem sempre tenham influência na Taça Davis. Segundo o sorteio efectuado nesta quinta-feira, João Sousa (52.º) abre a eliminatória defrontando nesta sexta-feira (14 horas) Yassine Idmbarek (759.º). A seguir, Rui Machado (256.º) – vindo de uma série de quatro triunfos em torneios future – joga com o número um marroquino, Lamine Ouahab (330.º), igualmente de 30 anos.

“Os jogadores estão bem, fortes, preparados para os marroquinos. Rui começou bem o ano, jogou muito em terra no início, mas na semana passada já jogou em rápido. Está muito confiante e é muito experiente. O João tem o seu espaço, por estar a um nível muito alto, está no patamar superior, é o melhor de sempre. É o perfeccionista, exigente e é normal sentir mais pressão, mas dentro da equipa, não sente isso”, adiantou Marques, de sobreaviso quanto ao valor dos marroquinos, em especial de Ouahab. “Um deles é talentoso, já ganhou um challenger este ano. São jogadores perigosos, mas estamos preparados, tenho de reconhecer que somos superiores”.

Portugal tem uma boa memória dos confrontos com os marroquinos, pois ganhou (3-2) o único duelo realizado em 2006, em Marraquexe, com Frederico Gil e Gonçalo Nicau nos papéis principais.

Neste sábado, antes do encontro de pares – para o qual estão para já indicados João Sousa-Frederico Silva e Lamine Ouahab-Younes Rachidi – Gil vai receber o galardão ITF Commitment Award, que distingue os tenistas com 20 ou mais participações na Taça Davis, juntando-se a João Cunha e Silva, Nuno Marques, Leonardo Tavares, Emanuel Couto e Rui Machado.

Nuno Marques espera uma boa presença de público no Jamor, até porque esta é uma das poucas oportunidades de ver os nossos melhores tenistas em acção. “Gostava bastante; é a Taça Davis, temos uma equipa muito forte e temos um jogador 'top-50'… São mais que razões para que as pessoas venham apoiar a selecção”, frisou o capitão.

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