Portugal consegue duas medalhas e nove finais nos Europeus juniores de canoagem

Deesempenho português abre boas perspectivas para os Mundiais de Agosto.

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Joana Vasconcelos, aqui em primeiro plano, venceu o bronze a solo Francisco Leong/AFP

Portugal terminou neste domingo os Europeus de canoagem sub-23 e júnior da Polónia com as “desejadas” duas medalhas e nove finais.

O júnior Diogo Lopes foi o herói da equipa de 18 canoístas ao sagrar-se campeão da Europa nos olímpicos K1 200, enquanto Joana Vasconcelos foi bronze na mesma distância, no seu primeiro pódio a solo em sub-23. Antes dos Europeus, o selecionador Ryszard Hoppe tinha perspectivado “cinco a seis finais e duas a três medalhas”.

Numa ventosa e bastante ondulada pista de Poznan, no único dia em condições atmosféricas adversas, Diogo Lopes impôs-se em 37,745s, deixando o letão Roberts Akmens a 380 milésimos e uma dupla composta pelo húngaro Balazs Birkas e o polaco Pawel Kaczmarek a 628.

O atleta do KC Castores do Arade (Lagoa) tinha ficado a um lugar e apenas 150 milésimos da final dos Europeus absolutos de Montemor-o-Velho, terminando em 14.º. Este ano venceu a Regata Internacional de Piestany, a prova jovem de referência mundial, e em 2012 tinha conquistado bronze em K2 200 nos europeus, tendo sido quinto em K1.

A olímpica Joana Vasconcelos tinha a final dos 500m e 200m, distância em que garantiu o bronze, apesar do notório desequilíbrio a metros da meta, que a fez duvidar do pódio.

A atleta do Benfica, que em 2009 tinha sido campeã da Europa júnior nesta mesma pista do Lago Malta (posteriormente, foi a melhor do mundo, na Rússia), concluiu a prova em 44,166 segundos, a 944 milésimos da polaca Karolina Naja, que bateu a sérvia Nikolina Moldovan por 540 milésimas.

Nos 500m, a atleta do Benfica esteve aquém do seu potencial e foi quinta, com 1m57,253s, a 2,160 do ouro da sérvia Nikolina Moldovan, com o bronze a ficar à distância de ainda consideráveis 772 milésimos.

Mesmo com apenas 19 anos, Tiago Tavares era esperança de medalha em C1 200 sub-23, mas as suas ambições de pódio ruíram logo na má largada, irrecuperável em 200 metros: com 44,117, ficou a 2,548 do russo Andrey Kraitor.

A ainda cadete Márcia Aldeias brilhou com o sexto lugar em K1, com 46,448, a 1,316 da dinamarquesa Emma Jorgensen e a 616 milésimas do bronze - de manhã tinha feito a final B dos 500 em que foi quinta, terminando no 14.º geral.

O K2 500 António Trigo-Vítor Oliveira foi oitavo com 36,709s, a 1,592 do ouro e a ainda distantes 1,268 do pódio.

Na equipa de canoas, que, com o mérito dos resultados está a ganhar importância e espaço crescente na selecção, José Sousa (oitavo nos 1.000m) ambicionava entrar no pódio em C1 500m, mas foi uma das vítimas das adversidades climatéricas, até porque em canoas o equilíbrio é bem mais complicado.

O luso perdeu o balanço na segunda parte da prova e “parou”, seguindo lentamente para a meta apenas à frente de rival polaco, que sofreu do mesmo mal, e do checo Martin Fuksa, o campeão da Europa absoluto que acabou desqualificado, após ter ganho com à vontade.

Em C2 Bruno Cruz e Nuno Silva vieram para a frente e passaram em segundo aos 250m, mas pagaram o esforço, não aguentando o ritmo, e acabaram em oitavos com 1m47,905s, a 4.012s do ouro italiano.

Nas finais B, destaque para o triunfo do ainda cadete José Arménio (10.º geral) dos 200 metros, com tempo equivalente ao sexto da final, após ter-se resguardado na dos 500 metros, na qual terminou em nono (18.º).

Os Europeus sub-23 e júnior reuniram mais de 800 canoístas de 31 países, sendo que Portugal esteve representado por 18 atletas, repartidos equitativamente por ambos os escalões.

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