Portugal arranca Europeu de sub-19 de olhos postos no Mundial

Chegar à meia-final é objectivo prioritário da equipas das quinas. Entre os jogadores convocados, FC Porto é o emblema mais representado.

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Hélio Sousa, ao centro, é o seleccionador dos sub-19 portugueses FPF

Quase um ano depois do terceiro lugar alcançado na Lituânia, Portugal arranca amanhã nova participação no Europeu de sub-19, com um objectivo bem definido — assegurar, à imagem do que aconteceu no ano passado, a presença na meia-final, um feito que, a verificar-se, valeria à equipa das quinas um passaporte automático para o Mundial de sub-20 do próximo ano.

A ambição foi assumida pelo próprio seleccionador nacional, Hélio Sousa, em entrevista à agência Lusa. “É importantíssimo estarmos novamente presentes num Campeonato do Mundo de sub-20. Seria a terceira vez consecutiva e mais uma oportunidade para mostrarmos a qualidade dos jogadores portugueses”, defendeu, sublinhando a necessidade de garantir, no mínimo, o segundo lugar do grupo.

Para isso, há uma regra de ouro que será importante cumprir: começar o desempenho na Hungria com uma vitória, já amanhã, frente a Israel, o primeiro adversário. O triunfo permitiria manter os índices de confiança construídos durante uma fase de qualificação quase imaculada (com seis vitórias noutros tantos jogos, a “equipa das quinas” foi a mais concretizadora de todas as selecções, com 21 golos apontados) e serviria de balão de oxigénio para os desafios frente aos próximos opositores: Hungria, a 22 de Julho, e Áustria, três dias depois.

Entre os jogadores chamados, o FC Porto lidera com cinco atletas: Rafa, Tomás Podstawski, Francisco Ramos, Ivo Rodrigues e André Silva, o melhor marcador dos lusos na fase de qualificação, com seis golos. Quanto a Sporting e Benfica, enviam, cada um, quatro atletas. Mauro Riquicho, Domingos Duarte, João Palhinha e Gelson Martins partem de Alvalade, ao passo que Rebocho, João Nunes, Raphael Guzzo e Nuno Santos voltam a mostrar-se num grande palco depois de, na última época, ao serviço dos “encarnados”, terem disputado a final da Youth League (onde cairiam as pés do Barcelona).

Entre os atletas presentes, destaque ainda para os nomes de Jordan Machado, Jorge Intima (ou Jorginho) e Rony Lopes que, apesar dos seus 19 anos, já foram “descobertos” por emblemas estrangeiros: Jordan pelo Montpellier, Jorginho e Rony Lopes pelo City (ainda que este último vá representar o Lille, por empréstimo dos citizens).

E se a Espanha é uma das principais ausentes da prova deste ano (o facto de a França não estar presente também é de registar), o domínio de nuestros hermanos nesta competição continua longe de estar ameaçado — desde 2002, ano em que o Europeu de sub-19 rendeu o de sub-18, a Roja venceu nada mais do que seis edições.

Quanto a Portugal, desde esse ano que não vai além do terceiro lugar, mas, ao longo da história do Campeonato Europeu de juniores, já ergueu o troféu por três vezes (1961, 1994 e 1999).

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