Podolski salva Alemanha de vergonha caseira

Avançado do Inter de Milão marcou golo que deu empate frente à Austrália. Bendtner marcou três no triunfo dinamarquês sobre os EUA.

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Podolski festeja com Schurrle o golo frente à Austrália DANIEL ROLAND/AFP

Acabou por ser uma vergonha menor aquela por que passou a Alemanha nesta quarta-feira, em Kaiserslautern. Os campeões do mundo conseguiram um empate (2-2) frente à Austrália, mas estiveram a perder quase até ao fim.

Neste teste antes do confronto com a Geórgia do próximo domingo, a contar para o Grupo D da fase de qualificação para o Euro 2016 (onde os germânicos são segundos, com dois pontos de atraso sobre a Polónia), Joachim Low apostou numa equipa com muitas segundas linhas e, ao contrário do que é habitual, com poucos jogadores do Bayern Munique — o guarda-redes Manuel Neuer e o avançado Bastian Schweinsteiger, por exemplo, não alinharam.

Numa partida em que se respeitou um minuto de silêncio e em que os futebolistas germânicos jogaram com fumos negros em memória das 150 vítimas do desastre aéreo com um avião de uma companhia alemã, nos Alpes franceses, a Alemanha colocou-se na frente do marcador aos 17’, com um golo de Marco Reus, o oitavo que marcou ao serviço da selecção alemã.

Só que os actuais campeões asiáticos não se intimidaram e chegaram ao empate antes do intervalo, aos 41’, por Triosi, avançado dos belgas do Zulte Waregem. Um golo que revelou que a experiência de uma defesa com três elementos, testada por Low, ainda tem que ser afinada.

Na segunda parte, aos 50’, Mile Jedinak, médio do Crystal Palace, colocou a Austrália na frente com um golo de livre directo.

O resultado era surpreendente e obrigou a Alemanha a balancear-se para o ataque, ficando exposta a rápidos contra-ataques dos australianos. E a vantagem só não se dilatou porque Troiki, aos 71’, esbanjou a hipótese do 3-1.

A salvação germânica chegaria do banco de suplentes. Schürrle, que substituiu Bellarabi (63’), ofereceu a Podolski o golo do empate e o jogador do Inter de Milão evitou a humilhação total dos alemães, marcando o golo do empate aos 81’. Um golo que permite ao avançado de 29 anos e que não tem sido habitual titular na formação italiana, tornar-se no terceiro internacional germânico com mais golos marcados pela selecção, apenas atrás de Miroslav Klose (71) e Gerd Mueller (68). E isto com “apenas” 48 internacionalizações.

Dinamarca também sofre

Em Aarhus, a Dinamarca, Líder do Grupo I da fase de qualificação para o Euro2016, com mais um ponto do que Portugal, mas mais um jogo, teve algumas dificuldades para bater a selecção dos EUA, também em jogo particular.

Os nórdicos estiveram duas vezes em desvantagem, mas contaram com uma noite de acerto de Bendtner, que marcou os três golos do triunfo por 3-2.

O avançado pode não estar a atravessar um período de grande fulgor no seu actual clube — poucas vezes tem sido titular no Wolfsburgo já que tem tido pela frente o instinto goleador de Bas Dost — mas pela selecção continua a ser um goleador talismã. Ontem, assinou o seu primeiro hat-trick com as cores nacionais, totalizando agora 29 remates certeiros em 65 internacionalizações.

Os dinamarqueses estiveram a perder por 1-0, mas graças a Bendtner viraram o marcador para 2-1, marcando o terceiro na ponta final do encontro. O avançado nórdico poderia, contudo, ter marcador pelo menos mais dois golos. Após a partida, Bendtner confessou que espera que a sua exibição possa ajudá-lo no seu clube. “Pelo menos pior do que a situação está não ficará”.

Para a selecção orientada pelo alemão Jurgen Klinsmann marcaram Jozy Altidore e Aron Johansson.

A Dinamarca volta a jogar no domingo, contra a França, num jogo particular. PÚBLICO

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