"Não posso lá estar eu, mas está lá o Ilídio e decidirá bem". É mais ou menos desta forma que Fernando Santos escuda o trabalho que Ilídio Vale terá como seleccionador principal de Portugal no jogo contra a Sérvia, neste domingo, no Estádio da Luz (19h45). Para que não haja dúvidas de que tudo está sob controlo numa partida que não contará com Pepe.

O defesa central do Real Madrid chegou à selecção lesionado e não recuperou a tempo da partida de qualificação para a fase final do Euro 2016. Assim sendo, deverá ser Bruno Alves a substituir o jogador merengue no eixo da defesa portuguesa.

Quem também não vai estar é Fernando Santos. A cumprir o primeiro de dois jogos de castigo, o seleccionador português não revelou onde irá assistir à partida, se no Estádio da Luz se no hotel. Uma coisa, contudo, garantiu. Não irá manter qualquer contacto com Ilídio Vale, o seu adjunto, mas que frente à Sérvia assumirá as funções de técnico principal.

"Não vou interagir nunca. Estou impossibilitado de o fazer", declarou Fernando Santos que, no entanto, fez questão de por diversas vezes, passar a mensagem de que o que quer que Ilídio Vale decida está bem decidido, tentanto reforçar o papel do seu adjunto. "O jogo tem que ser comandado a um. Quando é comandado a dois fica complicado. Aquilo que acontecer será sempre da minha inteira responsabilidade, mas as decisões serão dele", declarou Santos.

Sobre o adversário, o seleccionador nacional deixou elogios e alertou para os perigos, antevendo um jogo difícil: "Tenho a convicção de que a minha equipa vai tudo fazer para ganhar mas também tenho a noção exacta do valor da equipa da Sérvia, com jogadores que jogam em equipas de topo. Há uma mudança em relação àquilo que era a Sérvia até ao jogo da Grécia. Era uma equipa com esses talentos todos mas só com vocação ofensiva. Agora, procura ser uma equipa mais equilibrada em termos defensivos."

Quanto à relevância da partida para o futuro de Portugal na corrida ao Europeu 2016, Fernando Santos não a quis sobrevalorizar, embora tenha reconhecido a importância do duelo frente a um adversário directo e, para quem, o desafio é quase um jogo de tudo ou nada: "Dependemos só de nós e se vencermos ainda dependemos mais só de nós. Nesse sentido, não é um jogo decisivo mas é um jogo importante."